Fonte: New Scientist10.1038/nature17999; 10.1038/nature17663
"Memória ...Através delas daremos livros, livros a-mão-cheias, a todo o povo. O livro, bem sabemos, é o tijolo com que se constrói o espírito. Fazê-lo acessível é multiplicar tanto os herdeiros quanto os enriquecedores do patrimônio literário, científico e humanístico, que é, talvez, o bem maior da cultura humana". Darcy Ribeiro
quinta-feira, 23 de novembro de 2017
domingo, 19 de novembro de 2017
O DOENTIO PRESENTE DE TRUMP A SEU FILHO

sexta-feira, 3 de novembro de 2017
quarta-feira, 25 de outubro de 2017
TRANSTORNOS MENTAIS PROVOCADOS PELO NEOLIBERALISMO
O neoliberalismo tem como efeito visível a destruição do ser humano e em consequência a destruição do globo, tanto no campo agrário como no industrial. O capitalismo tem que produzir e produzir para acumular o capital. Na contradição entre o capital acumulado e o indivíduo sem capital, temos o efeito emocional que cria a ansiedade, a depressão, ambos com significados diferentes ou sintomas parecidos. Nesse turbilhão do século XX e início do século XXI, considera-se a depressão, o grande mal. A falta de emprego ou subemprego gera ansiedade, um perigo real ou imaginário. A depressão, já aparece com distúrbio mental que afeta diretamente o lado emocional do indivíduo com baixa estima e com dificuldades de lidar com o dia-a-dia. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o suicídio é a segunda causa de morte entre jovens e crianças entre 10 e 14 anos, com predominância no sexo masculino. a depressão será 2020 a segunda patologia emocional que estará presente no comportamento suicida. Abaixo neoliberalismo e a globalização!
quarta-feira, 4 de outubro de 2017
O JOVEM KARL MARX
https://www.facebook.com/c4ceelo//1videos0214755479299418/ Uma bela narrativa que vem esclarecer dúvidas para quem acha que conhece o trabalho de Marx em trocas de conversas ou em comentários. Colhem frases da daqui e dali, mas como já disse em outra oportunidade, nem mesmo leram o Prefácio da obra "O capital". Dispenso comentários e vejam o filme que encontrei na página do Facebook de meu amigo português, Fernando Soares, sempre com importantes contribuições para esclarecer a política de ordem universal.
domingo, 1 de outubro de 2017
FORA DE CONTEXTO - Freud
"Alguns dias depois de me outorgarem o título de professor, que confere a considerável autoridade nos Estados de organização monarquista, ia eu passeando pelo centro da cidade quando, de repente, meus pensamentos se voltaram para uma fantasia infantil de vingança dirigida contra determinado casal. Meses antes, eles me haviam chamado para ver sus filhinha, em quem surgira um interessante sintoma obsessivo logo depois de um sonho. Interessei-me muito pelo caso, cuja gênese eu acreditava discernir, entretanto, minha oferta de tratamento foi recusada pelos pais, e eles me deram a entender que estavam pensando em consultar uma autoridade estrangeira que realizavam curas por hipnotismo. Eu fantasiava que, após o fracasso total dessa tentativa, os pais me rogavam que instituísse meu tratamento, dizendo que agora tinham confiança em mim, etc. eu, no entanto, respondia: "Ah, sim, agora vocês têm confiança em mim, agora também me tornei professor. O título nada fez por alterar minhas aptidões; se vocês não puderem usar meus serviços enquanto eu era docente, também podem prescindir como professor." _ Nesse ponto, minha fantasia foi interrompida por um sonoro "Bom dia, senhor professor!" e quando ergui os olhos, vi que passava por mim exatamente o mesmo casal de quem eu acabava de me vingar mediante recusa de sua proposta." O que quero salientar nessa narrativa feita por Freud em alemão, traduzida por Brill para o inglês e por Alan Tyson para o português, é a importância do título de professor conferido a autoridades. Nessa época já era médico e já tinha a especialidade em Neurologia, tanto que só iniciou a trabalhar em Psicanálise após o doutorado que ele se denomina como docente.
sexta-feira, 29 de setembro de 2017
domingo, 24 de setembro de 2017
quinta-feira, 21 de setembro de 2017
ACHAMAN GUAÑOC: REESCRIBIENDO LA HISTORIA: ¿UN ENORME COMPLEJO SUB...
ACHAMAN GUAÑOC: REESCRIBIENDO LA HISTORIA: ¿UN ENORME COMPLEJO SUB...: Hay muchos hallazgos que van desde templos, estructuras y artefactos que son evidencia de civilizaciones avanzadas que habitaban la Tierra m...
domingo, 3 de setembro de 2017
sábado, 5 de agosto de 2017
quarta-feira, 2 de agosto de 2017
segunda-feira, 12 de junho de 2017
ARMANDO COELHO NETO - SEM EXÉRCITO CUBANO E FORO DE SÃO PAULO, A PF PRECISA CAIR NA REAL
Vivi mais da metade de minha vida dentro da Polícia Federal e fui além do tempo necessário para aposentadoria forçada. Para surpresa de muitos, se tivesse que eleger meus piores dias na instituição (pessoal e profissional), certamente foi durante a gestão do Partido dos Trabalhadores. Se de um lado sofri, hoje, aquele infortúnio me serve como selo de isenção no que digo sobre o PT. Não tenho saudade de governo algum, nem de PF alguma antes de Lula/Dilma. Tenho sérias dúvidas quanto a coerência moral e cidadã dos que dizem o contrário, e mais incertezas ainda quanto ao caráter idôneo dos que dentro ou fora daquela instituição gritaram “Fora Dilma”.
Nasci pobre e continuo pobre. Se ser corrupto é ter dinheiro roubado não o tenho. Na PF, atuei entre outras áreas na corregedoria, unidade na qual busquei o aprimoramento ético e moral dos servidores e melhores resultados da atividade fim. Como representante sindical, transformar aquela autarquia em serviço público e em polícia cidadã foi uma obsessão utópica nunca negligenciada. Dentro da PF, combati as ingerências políticas e não foram raros os momentos nos quais entrei em choque com a administração, contrariei interesses de chefes de plantão.
Nesse sentido, não sei o que passa na cabeça de aparentes homens de bem, de dentro ou de fora da PF, até no seio de minha família, quando imaginam que defendo corrupto e/ou a corrupção. Só mesmo o ódio disseminado pelo coronelismo eletrônico pode ser determinante para esse travamento mental. Sequer se dão ao trabalho de elaborar questões elementares, do gênero: se ele não é ladrão, o que esse cidadão está querendo dizer? Se teve uma vida assim ou assado, qual sua real preocupação? Por que não incensa Sérgio Moro e sua equipe? Por que não assina os abaixo-assinados oriundos da legião messiânica da Republiqueta de Curitiba?
Não sou jurista, intelectual, nem aceito rótulos. Sou um cidadão inquieto diante das injustiças sociais, atormentado com o descaso quanto à base da pirâmide de Maslow. O secular flagelo humano é meu eixo de pensamento, pano de fundo, questão preliminar em minhas análises conjunturais. Desse modo, não consigo me desconectar de uma ideia: se 500 anos não foram suficientes para tornar nossa sociedade mais justa, os tímidos doze anos petistas menos ainda. Mas, certamente, são doze anos que entram para a história como a mais fértil semente de justiça lançada sobre o solo pindorama. Diante disso, a pior fase de minha história pessoal e funcional dentro da PF perde em importância.
Não sou um órfão do PT nem de gestão nenhuma. Nunca perdi “boquinha” na PF e quanto mais o tempo passa, mais vejo gatos nas tubas da PF. Quaisquer sons que delas brotam saem um “word behind words” (palavras por trás das palavras), como dizem os ingleses. Os delegados perderam o discurso e a burra ideia de que o problema do Brasil é o PT faliu. Não afinam um discurso sólido diante da evidência do golpe. A “Farsa Jato” veio para destruir Lula/PT e os rumores de abafa são para salvar Temer/PSDB. O novo impostor da pasta da Justiça não reconhece a instituição e para ele Farsa Jato é Ministério Público – uma afronta aos delegados que carregam o piano.
Portanto, caríssimos, o “Fora Leandro Daiello” perdeu força e um magote de puxa-saco já o defende. Daiello seria a garantia da caça ao PT e de impunidade de Fora Temer. A luta para que a Farsa Jato seja “erga omnes” (para todos) é tão utópica quanto a esperança de que o ex-stf retome a ordem democrática e anule o golpe. Desse modo, enquanto o lixo se acumula, os urubus vagueiam lá no alto. O obscuro urubu que sobrevoa o céu do Brasil se confunde com o preto-toga e o preto colete-federal. Eis a estranha metáfora que os delegados da PF se recusam a entender.
Os delegados da PF precisam de humildade para reconhecer que foram usados. Precisam provar que não são Patos da Fiesp e abrir seus arquivos! Organizem-se, conversem com a delegacia de combate aos crimes ambientais e mostrem quem compra ilhas, polui os rios, devasta nossas florestas e contrabandeia nossos biomas. Dialoguem com a delegacia de crimes fazendários e mostrem por que a rua 25 de Março sonega num dia o faturamento de muitos municípios em um mês. Mostrem por que se apreende mais droga que vai para o exterior do que a destinada ao consumo interno.
Já que Sérgio Moro banalizou a quebra de sigilo em nome do interesse público, até os de natureza presidencial, esqueçam as tubas. Ponham a boca no trombone. Abram os arquivos da delegacia de repressão ao crime organizado e de combate à corrupção. Mostrem ao país quem são os verdadeiros cânceres do Brasil, sem balelas de comunismo, Foro de São Paulo, exército Cubano ou Chinês. Provem que os interesses nacionais vão além do pedalinho e do game dos netos do Lula, do tríplex, cujo real dono já está sendo executado para pagar condomínio e imposto. Lula/Dilma/PT nunca foram problemas para o Brasil. Mas, se pensar isso lhes dói, melhor brincar de “Fora Leandro” e pensar que defendo corrupto, que sou um esquerdopata...(Armando Coelho Neto)
segunda-feira, 29 de maio de 2017
NIETZSCHE E AS INCERTEZAS

“Esse foi o processo que tivemos aqui e que gerou, como qualquer observador atento perceberá, uma sociedade que guarda essa cicatriz e ainda está dividida em torno desse procedimento”, afirmou.
Sabe-se que foi uma luta inglória do advogado de defesa Eduardo Cardozo para evitar que a Presidente fosse condenada por crimes de pedaladas fiscais. Nenhum Ministro do STF manifestou-se ao lado do Direito Constitucional para garantir o voto dos brasileiros que clamam por justiça e a batida do martelo foi dada vergonhosamente e condenada a deixar o Palácio para onde fora eleita. Segundo o pensador alemão Friedrich Nietzsche, com um pensamento socrático escreveu "Que jamais iria para a fogueira por uma opinião minha, afinal, não tenho certeza alguma..." O pensador faz uma metáfora do contraditório, do refazer pensamentos, ideologias e diz, que pelo contrário, iria para a fogueira se não defendesse o "direito de mudar de opinião, quantas vezes fosse necessário". Aqui, nas decisões políticas não se trata de opinião, mas de interpretação da nossa Constituição, e diga-se de passagem, na época não serviu de parâmetro, mas agora, parece, que serve. (Consuetudo est optima legum interpres).
sexta-feira, 19 de maio de 2017
Assange: Detenciones sin cargos se han vuelto comunes en la UE
Assange: Detenciones sin cargos se han vuelto comunes en la UE: Suecia decidió cancelar la causa por supuesta violación contra el fundador de WikiLeaks este viernes, un caso pendiente desde hace siete años.
terça-feira, 2 de maio de 2017
Para professor da Unicamp, já vivemos Estado de Exceção semelhante ao nazismo
By Carta Campinas / in Economia e Política, Manchete / on sábado, 30 abr 2016 07:29 PM / 37 Comments
O pesquisador e professor da Unicamp Laymert Garcia dos Santos afirmou em uma entrevista esclarecedora e contundente que o Brasil não passa somente por um golpe de Estado, mas já vive um Estado de Exceção e um momento muito parecido com a queda da República de Weimar e a ascensão do nazismo.
” Uma das características importantes dessa implosão das instituições, nos anos 20-30, na Alemanha, é o modo como os juízes violavam a lei e a Constituição, e é ao que estamos assistindo aqui”, afirmou ao Jornal da Unicamp.
Nesse sentido, diz o professor, o Brasil já vive um Estado de Exceção. “Se se suspendem as garantias constitucionais a ponto de, por exemplo, ser autorizado por uma instância inferior da Justiça o grampo e a divulgação do grampo da presidente da República, isso significa que a Constituição não está valendo para ela. Se não está valendo para a presidente da República, para quem vai valer?”, questiona.
O professor também diz que não lê mais a grande mídia brasileira. Recentemente se recusou a escrever um texto para o jornal Estadão, o qual definiu como um jornal golpista. Ele diz que lê a imprensa internacional e a mídia da internet que emergiu nos últimos anos. “Graças a Deus existe a internet”, afirmou.
Veja os principais trechos da entrevista em tópicos:
Protestos de Junho de 2013
Venho acompanhando essa questão desde 2013, na verdade. Porque, no meu entendimento, as coisas começaram com as manifestações de 2013. Foi lá que a gente viu, pela primeira vez, manifestantes na rua com uma pauta progressista, só que expressa numa linguagem conservadora.
Era uma pauta por ampliação de direitos, portanto uma pauta democrática. Mas o modo como se exprimia era conservador, e foi a primeira vez que a gente viu surgir uma reivindicação conservadora na rua. Isso em 2013.
Já em 2014, acho que o impeachment da Dilma começou na abertura da Copa do Mundo, quando convidados do camarote do banco patrocinador começaram a gritar para o mundo – porque a abertura da Copa era transmitida para o mundo inteiro – xingamentos de baixo calão contra a presidente.
Foi a primeira vez que vi um presidente da República ser ultrajado dessa forma, e partindo de onde? Partindo do camarote de patrocinadores da Copa do Mundo. A partir daí começou o escracho da Dilma. E isso foi extremamente sério, porque sinalizou que essa posição, no meu ponto de vista, partia de um grande descontentamento da superelite. Era a superelite decretando guerra.
Momento parecido com o nazismo
Há ilegalidades que vão sendo realizadas por aqueles que deveriam zelar pelo cumprimento da própria lei, você já tem outro problema: são ilegalidades não só no modo de captar, através de grampos, mas também de divulgar as informações. A divulgação é cronometricamente estudada para obter efeitos na relação entre Judiciário e mídia. Como bombas informacionais.
Não fui eu que inventei esse procedimento analítico. Esse tipo de análise foi feito nos anos 20-30, com relação ao modo como foi desestabilizada a República de Weimar, na Alemanha, com a ascensão do nazismo. E foi durante a República de Weimar que a gente viu a implosão das instituições e uma desestabilização que deu, como resultado, o triunfo do enunciado “Viva a morte!” e a “Solução Final” do problema judeu. Uma das características importantes dessa implosão das instituições, nos anos 20-30, na Alemanha, é o modo como os juízes violavam a lei e a Constituição, e é ao que estamos assistindo aqui.
Eu diria que, se pedalada é crime, então pedalada é crime. Se é crime, então por que não foi punida antes, ou em outras vezes. Se não é crime, por que se tornou crime agora? E depois, quais pedaladas se tornaram crime? Porque o que a gente está assistindo agora, com a tentativa de dissociar do caso as pedaladas assinadas pelo Temer, é que há pedalada que vale e pedalada que não vale – de novo, a seletividade. As pedaladas de Dilma são criminosas e as do Temer não são criminosas. Então, que negócio é esse? Tudo que você aborda hoje, é assim. Esse é o problema para mim: não há critério. Você percebe que as instituições estão desmontando quando não existe mais regra. A regra vale para mim de um jeito e para você, de outro jeito.
E a votação do impeachment na Câmara? Foi uma coisa fantástica, absolutamente grotesca. Porque você sabe quem são aquelas figuras que falavam de moralidade, contra a corrupção. Acontecia assim também na República de Weimar: as palavras queriam dizer o contrário do que diziam. Você ia ao nível do discurso, as pessoas estavam dizendo alguma coisa, mas significavam o contrário.
Acho que existe um risco parecido no Brasil, porque a questão que importa, para mim, é se você está num Estado Democrático de Direito, ou não. No meu entender, não estamos mais num Estado Democrático de Direito. Nós estamos num Estado de Exceção. E essa questão é interessante para remontar a Weimar, porque ela foi muito estudada: como se implantou o Estado de Exceção na Alemanha.
Estado de Exceção
E o problema, aqui, nesse aspecto dos enunciados, é que muita gente diz que haverá um Estado de Exceção no Brasil. No meu entendimento, não é que haverá, ele já aconteceu. Se se suspendem as garantias constitucionais a ponto de, por exemplo, ser autorizado por uma instância inferior da Justiça o grampo e a divulgação do grampo da presidente da República, isso significa que a Constituição não está valendo para ela. Se não está valendo para a presidente da República, para quem vai valer?
Para mim esse é o problema: já estamos em um Estado de Exceção; pois, se as garantias constitucionais não funcionam para a presidente, para ministros e para advogados, para quem mais vão funcionar? Ouço as pessoas dizerem: ah, mas para o povão da periferia nunca funcionou, nunca houve Estado de Direito. Mas isso não justifica nada. O que se deveria fazer era estender o Estado de direito até eles, e não o contrário.
Mídia Golpista e Internet
Eu vejo mais do que direcionamento, vejo um acerto entre as grandes mídias, porque há uma voz comum. As grandes empresas de mídia, com algumas nuances e variantes, têm um posicionamento editorial que é comum. E esse posicionamento comum é fruto de um entendimento comum da leitura da situação, e de qual discurso vão tentar fazer prevalecer.
Graças a Deus a gente tem internet para poder, pelo menos, no nível alternativo, por exemplo, nos chamados blogs sujos, construir uma nova versão. Senão, estava tudo completamente dominado, haveria só uma versão dos acontecimentos e você não teria a possibilidade de desconstrução desse discurso. A mídia alternativa está fazendo a desconstrução do discurso unívoco da grande mídia.
Um papel enorme, absolutamente enorme. Antes de mais nada, voltando ao ponto que já tinha levantado, se há a possibilidade de um outro discurso, que não o único das elites, é porque existe internet. E é porque existe gente preparada, que sabe trabalhar informação e que está inventando novas maneiras de processar essa informação com rapidez, poucos recursos, mas com rapidez, na internet.
Boa parte, inclusive, do problema da grande mídia, decorre da internet. As grandes empresas precisam de benesses, de dinheiro público, porque souberam muito mal se adaptar às mudanças tecnológicas que aconteceram. Não só a mídia impressa, mas também a mídia televisiva.
Ampliou, também, de certa maneira, uma espécie de independência com relação à própria produção da informação, porque ficou mais fácil: hoje todo mundo pode, de alguma maneira, produzir informação. É claro que você não pode produzir informação na mesma escala que a grande mídia produz. Mas muitas vezes, do ponto de vista qualitativo, você pode produzir, com poucos recursos, uma informação que pode bater de frente com aquela que é feita pelas grandes corporações, e pode apresentar uma outra versão dos acontecimentos, uma outra análise dos acontecimentos. Isso é possível! Antigamente não era possível, porque era preciso ter muito capital para isso. É uma mudança gigantesca.
Por exemplo: para uma pessoa, um intelectual, um professor universitário, acabou a ditadura de ter que se informar só com a mídia brasileira. Eu, por exemplo, já há anos não leio jornais brasileiros, como pratica cotidiana. Leio ou as informações na internet, por meio de um leque de sites e blogs, ou leio diretamente a imprensa internacional. Por que eu leio o Financial Times? Porque considero que esse é um jornal global, e é um jornal global que precisa dizer o que está acontecendo para os investidores globais. Ele não pode ficar mentindo. Porque vai ser cobrado pelos seus leitores, que são globais.
Então, mesmo que ele tenha uma posição conservadora, neoliberal, e ele é conservador e é neoliberal, tem que dar a informação para o seu leitor, porque vai ser cobrado num plano que, aqui no Brasil, ninguém está cobrando. Então, prefiro ler um jornal como o Financial Times, inclusive para saber melhor o que acontece no Brasil.
Fascismo
É preciso tomar muito cuidado com essa palavra. Como xingamento, você a ouve das maneiras mais variadas, aplicada às pessoas mais variadas e aos pontos de vista mais variados. Então, digamos, no geral, a palavra ficou banalizada. Mas, existe alguma procedência de um certo emprego da palavra “fascismo” para designar o que está acontecendo nesta situação do Brasil contemporâneo? Eu acho que sim.
E por que acho que sim? Porque a gente nota uma questão que aparecia no fascismo de modo muito forte – era que a posição do fascista não é suscetível de argumentação. Não há argumentação possível com o fascista. E por quê? Porque mesmo que ele não tenha argumento, se você der dez argumentos para ele, ele não vai ouvir, porque a posição dele é irracional, ele é movido pelo ódio, e por um ódio que é visceral. Que evidentemente foi plantado na cabeça dele, ao longo de um tempo muito grande, que ele incorporou como sendo dele. Não há possibilidade de diálogo.
Governo Temer e o caos planejado
Acho que a situação brasileira vai ser caótica. Vai ser caótica mas, do ponto de vista do interesse externo, que está de olho no pré-sal, na questão da energia nuclear, enfim, naquilo que interessa, os chamados ativos que interessam no Brasil, se vier o caos, eles plantaram isso, o caos não está fora do programa. Aliás, não vai ser o primeiro país a entrar em situação de caos programado. (Texto Integral no Jornal da Unicamp)
By Carta Campinas / in Economia e Política, Manchete / on sábado, 30 abr 2016 07:29 PM / 37 Comments
” Uma das características importantes dessa implosão das instituições, nos anos 20-30, na Alemanha, é o modo como os juízes violavam a lei e a Constituição, e é ao que estamos assistindo aqui”, afirmou ao Jornal da Unicamp.
Nesse sentido, diz o professor, o Brasil já vive um Estado de Exceção. “Se se suspendem as garantias constitucionais a ponto de, por exemplo, ser autorizado por uma instância inferior da Justiça o grampo e a divulgação do grampo da presidente da República, isso significa que a Constituição não está valendo para ela. Se não está valendo para a presidente da República, para quem vai valer?”, questiona.
O professor também diz que não lê mais a grande mídia brasileira. Recentemente se recusou a escrever um texto para o jornal Estadão, o qual definiu como um jornal golpista. Ele diz que lê a imprensa internacional e a mídia da internet que emergiu nos últimos anos. “Graças a Deus existe a internet”, afirmou.
Veja os principais trechos da entrevista em tópicos:
Protestos de Junho de 2013
Protestos de Junho de 2013
Venho acompanhando essa questão desde 2013, na verdade. Porque, no meu entendimento, as coisas começaram com as manifestações de 2013. Foi lá que a gente viu, pela primeira vez, manifestantes na rua com uma pauta progressista, só que expressa numa linguagem conservadora.
Era uma pauta por ampliação de direitos, portanto uma pauta democrática. Mas o modo como se exprimia era conservador, e foi a primeira vez que a gente viu surgir uma reivindicação conservadora na rua. Isso em 2013.
Era uma pauta por ampliação de direitos, portanto uma pauta democrática. Mas o modo como se exprimia era conservador, e foi a primeira vez que a gente viu surgir uma reivindicação conservadora na rua. Isso em 2013.
Já em 2014, acho que o impeachment da Dilma começou na abertura da Copa do Mundo, quando convidados do camarote do banco patrocinador começaram a gritar para o mundo – porque a abertura da Copa era transmitida para o mundo inteiro – xingamentos de baixo calão contra a presidente.
Foi a primeira vez que vi um presidente da República ser ultrajado dessa forma, e partindo de onde? Partindo do camarote de patrocinadores da Copa do Mundo. A partir daí começou o escracho da Dilma. E isso foi extremamente sério, porque sinalizou que essa posição, no meu ponto de vista, partia de um grande descontentamento da superelite. Era a superelite decretando guerra.
Foi a primeira vez que vi um presidente da República ser ultrajado dessa forma, e partindo de onde? Partindo do camarote de patrocinadores da Copa do Mundo. A partir daí começou o escracho da Dilma. E isso foi extremamente sério, porque sinalizou que essa posição, no meu ponto de vista, partia de um grande descontentamento da superelite. Era a superelite decretando guerra.
Momento parecido com o nazismo
Há ilegalidades que vão sendo realizadas por aqueles que deveriam zelar pelo cumprimento da própria lei, você já tem outro problema: são ilegalidades não só no modo de captar, através de grampos, mas também de divulgar as informações. A divulgação é cronometricamente estudada para obter efeitos na relação entre Judiciário e mídia. Como bombas informacionais.
Não fui eu que inventei esse procedimento analítico. Esse tipo de análise foi feito nos anos 20-30, com relação ao modo como foi desestabilizada a República de Weimar, na Alemanha, com a ascensão do nazismo. E foi durante a República de Weimar que a gente viu a implosão das instituições e uma desestabilização que deu, como resultado, o triunfo do enunciado “Viva a morte!” e a “Solução Final” do problema judeu. Uma das características importantes dessa implosão das instituições, nos anos 20-30, na Alemanha, é o modo como os juízes violavam a lei e a Constituição, e é ao que estamos assistindo aqui.
Eu diria que, se pedalada é crime, então pedalada é crime. Se é crime, então por que não foi punida antes, ou em outras vezes. Se não é crime, por que se tornou crime agora? E depois, quais pedaladas se tornaram crime? Porque o que a gente está assistindo agora, com a tentativa de dissociar do caso as pedaladas assinadas pelo Temer, é que há pedalada que vale e pedalada que não vale – de novo, a seletividade. As pedaladas de Dilma são criminosas e as do Temer não são criminosas. Então, que negócio é esse? Tudo que você aborda hoje, é assim. Esse é o problema para mim: não há critério. Você percebe que as instituições estão desmontando quando não existe mais regra. A regra vale para mim de um jeito e para você, de outro jeito.
E a votação do impeachment na Câmara? Foi uma coisa fantástica, absolutamente grotesca. Porque você sabe quem são aquelas figuras que falavam de moralidade, contra a corrupção. Acontecia assim também na República de Weimar: as palavras queriam dizer o contrário do que diziam. Você ia ao nível do discurso, as pessoas estavam dizendo alguma coisa, mas significavam o contrário.
Acho que existe um risco parecido no Brasil, porque a questão que importa, para mim, é se você está num Estado Democrático de Direito, ou não. No meu entender, não estamos mais num Estado Democrático de Direito. Nós estamos num Estado de Exceção. E essa questão é interessante para remontar a Weimar, porque ela foi muito estudada: como se implantou o Estado de Exceção na Alemanha.
Estado de Exceção
E o problema, aqui, nesse aspecto dos enunciados, é que muita gente diz que haverá um Estado de Exceção no Brasil. No meu entendimento, não é que haverá, ele já aconteceu. Se se suspendem as garantias constitucionais a ponto de, por exemplo, ser autorizado por uma instância inferior da Justiça o grampo e a divulgação do grampo da presidente da República, isso significa que a Constituição não está valendo para ela. Se não está valendo para a presidente da República, para quem vai valer?
Para mim esse é o problema: já estamos em um Estado de Exceção; pois, se as garantias constitucionais não funcionam para a presidente, para ministros e para advogados, para quem mais vão funcionar? Ouço as pessoas dizerem: ah, mas para o povão da periferia nunca funcionou, nunca houve Estado de Direito. Mas isso não justifica nada. O que se deveria fazer era estender o Estado de direito até eles, e não o contrário.
Para mim esse é o problema: já estamos em um Estado de Exceção; pois, se as garantias constitucionais não funcionam para a presidente, para ministros e para advogados, para quem mais vão funcionar? Ouço as pessoas dizerem: ah, mas para o povão da periferia nunca funcionou, nunca houve Estado de Direito. Mas isso não justifica nada. O que se deveria fazer era estender o Estado de direito até eles, e não o contrário.
Mídia Golpista e Internet
Eu vejo mais do que direcionamento, vejo um acerto entre as grandes mídias, porque há uma voz comum. As grandes empresas de mídia, com algumas nuances e variantes, têm um posicionamento editorial que é comum. E esse posicionamento comum é fruto de um entendimento comum da leitura da situação, e de qual discurso vão tentar fazer prevalecer.
Graças a Deus a gente tem internet para poder, pelo menos, no nível alternativo, por exemplo, nos chamados blogs sujos, construir uma nova versão. Senão, estava tudo completamente dominado, haveria só uma versão dos acontecimentos e você não teria a possibilidade de desconstrução desse discurso. A mídia alternativa está fazendo a desconstrução do discurso unívoco da grande mídia.
Graças a Deus a gente tem internet para poder, pelo menos, no nível alternativo, por exemplo, nos chamados blogs sujos, construir uma nova versão. Senão, estava tudo completamente dominado, haveria só uma versão dos acontecimentos e você não teria a possibilidade de desconstrução desse discurso. A mídia alternativa está fazendo a desconstrução do discurso unívoco da grande mídia.
Um papel enorme, absolutamente enorme. Antes de mais nada, voltando ao ponto que já tinha levantado, se há a possibilidade de um outro discurso, que não o único das elites, é porque existe internet. E é porque existe gente preparada, que sabe trabalhar informação e que está inventando novas maneiras de processar essa informação com rapidez, poucos recursos, mas com rapidez, na internet.
Boa parte, inclusive, do problema da grande mídia, decorre da internet. As grandes empresas precisam de benesses, de dinheiro público, porque souberam muito mal se adaptar às mudanças tecnológicas que aconteceram. Não só a mídia impressa, mas também a mídia televisiva.
Boa parte, inclusive, do problema da grande mídia, decorre da internet. As grandes empresas precisam de benesses, de dinheiro público, porque souberam muito mal se adaptar às mudanças tecnológicas que aconteceram. Não só a mídia impressa, mas também a mídia televisiva.
Ampliou, também, de certa maneira, uma espécie de independência com relação à própria produção da informação, porque ficou mais fácil: hoje todo mundo pode, de alguma maneira, produzir informação. É claro que você não pode produzir informação na mesma escala que a grande mídia produz. Mas muitas vezes, do ponto de vista qualitativo, você pode produzir, com poucos recursos, uma informação que pode bater de frente com aquela que é feita pelas grandes corporações, e pode apresentar uma outra versão dos acontecimentos, uma outra análise dos acontecimentos. Isso é possível! Antigamente não era possível, porque era preciso ter muito capital para isso. É uma mudança gigantesca.
Por exemplo: para uma pessoa, um intelectual, um professor universitário, acabou a ditadura de ter que se informar só com a mídia brasileira. Eu, por exemplo, já há anos não leio jornais brasileiros, como pratica cotidiana. Leio ou as informações na internet, por meio de um leque de sites e blogs, ou leio diretamente a imprensa internacional. Por que eu leio o Financial Times? Porque considero que esse é um jornal global, e é um jornal global que precisa dizer o que está acontecendo para os investidores globais. Ele não pode ficar mentindo. Porque vai ser cobrado pelos seus leitores, que são globais.
Então, mesmo que ele tenha uma posição conservadora, neoliberal, e ele é conservador e é neoliberal, tem que dar a informação para o seu leitor, porque vai ser cobrado num plano que, aqui no Brasil, ninguém está cobrando. Então, prefiro ler um jornal como o Financial Times, inclusive para saber melhor o que acontece no Brasil.
Fascismo
É preciso tomar muito cuidado com essa palavra. Como xingamento, você a ouve das maneiras mais variadas, aplicada às pessoas mais variadas e aos pontos de vista mais variados. Então, digamos, no geral, a palavra ficou banalizada. Mas, existe alguma procedência de um certo emprego da palavra “fascismo” para designar o que está acontecendo nesta situação do Brasil contemporâneo? Eu acho que sim.
E por que acho que sim? Porque a gente nota uma questão que aparecia no fascismo de modo muito forte – era que a posição do fascista não é suscetível de argumentação. Não há argumentação possível com o fascista. E por quê? Porque mesmo que ele não tenha argumento, se você der dez argumentos para ele, ele não vai ouvir, porque a posição dele é irracional, ele é movido pelo ódio, e por um ódio que é visceral. Que evidentemente foi plantado na cabeça dele, ao longo de um tempo muito grande, que ele incorporou como sendo dele. Não há possibilidade de diálogo.
Governo Temer e o caos planejado
Acho que a situação brasileira vai ser caótica. Vai ser caótica mas, do ponto de vista do interesse externo, que está de olho no pré-sal, na questão da energia nuclear, enfim, naquilo que interessa, os chamados ativos que interessam no Brasil, se vier o caos, eles plantaram isso, o caos não está fora do programa. Aliás, não vai ser o primeiro país a entrar em situação de caos programado. (Texto Integral no Jornal da Unicamp)
segunda-feira, 17 de abril de 2017
Eu, Psicóloga.: Por que você deveria fazer as pazes antes de dormi...
Eu, Psicóloga.: Por que você deveria fazer as pazes antes de dormi...: Nunca deixe para resolver seus problemas no dia seguinte. Dormir com a cabeça cheia de frustrações e desavenças mal resolvidas só piora a s...
domingo, 9 de abril de 2017
7 - SANTO TOMÁS DE AQUINO - Sobre as ideias
"Há ou não há muitas idéias?
Na filosofia tomista encontra-se as respostas para as objeções, que trabalha o pensador incansável. Dada as respostas ele trazia a luz uma conclusão.
Agostinho afirma: "As ideias são certas formas principais, a razão das coisas, estáveis, imutáveis, porque não foram formadas, sendo elas eternas e imodificáveis, contidas na inteligência divina. Mas mesmo quando não nascem e nem morrem, sem dúvida, se disse que por elas se forma tudo que pode nascer e morrer, e tudo que nasce morre." Para Thomás: "é necessário que haja muitas ideias." Explica que o construtor não pode conceber a ideia da casa sem primeiro conceber por partes (as peças) para chegar no todo. Ainda no campo das ideias enquanto princípio cognoscitivo, ele chama de razão e também pode pertencer ao conhecimento especulativo. Observa-se que ele diverge de Sócrates, quando entra no princípio do conhecimento, da razão tendo como objeto a coisa conhecida. Ele concorda com Sócrates quando admite o conhecimento especulativo, tendo como objeto a coisa desconhecida. Retornando a Agostinho, as ideias surgem prontas e não foram formadas por um princípio cognoscitivo e concebidas de forma divina, discordando de Sócrates, já que são imutáveis.
domingo, 2 de abril de 2017
MEXENDO COM LIVROS: A DESOBEDIÊNCIA CIVIL - Henry David Thoreau
MEXENDO COM LIVROS: A DESOBEDIÊNCIA CIVIL - Henry David Thoreau: Em 1845, Thoreau, pensador norte-americano, aos 38 anos depois de escrever: An Excursion to Canadá, Excursions, The Maine Woods, a Na...
MEXENDO COM LIVROS: MONANGAMBÉ - Rui Mingas
MEXENDO COM LIVROS: MONANGAMBÉ - Rui Mingas: " O café vai ser torrado, pisado, torturado ...
sábado, 1 de abril de 2017
PARAGUAIOS REAGEM A UMA MUDANÇA CONSTITUCIONAL
O mensalão tucano começou com uma campanha em 1998, para uma emenda constitucional para que o mandato do Presidente da república pudesse se repetir, assim ficaria em dois mandatos. Isso aconteceu no governo de Fernando Henrique, também conhecido de Era FHC; com a repetição do mandato tivemos as privatizações de várias estatais entre elas a Vale do Rio Doce, hoje com destruição e morte no país sem solução. A sociedade brasileira assistiu a tudo de braços cruzados e acreditando na mídia que ajudava na destruição do nosso patrimônio.
quinta-feira, 23 de março de 2017
6 - SANTO AGOSTINHO DE HIPONA - Fenômenos da memória
Para o pensador que nasceu 354 da era cristã, a memória tem a função de cogitar (cogenda) e reagrupar o que estava disperso para que fosse coligir (colligenda). Agostinho nessa busca do pensar lembra que passados algum tempo as nossas idéias ficam em esconderijos profundos e precisamos buscá-las. A mente consciente tenta lembrar o que já foi conhecido e chama de idéias inatas o que brota do nosso inconsciente no pensar (cogitare).
terça-feira, 21 de março de 2017
5 - HIPÓCRATES , 'pai da medicina ocidental'
Contemporâneo de Péricles na chamada Idade de Ouro de Atenas, destacou-se como médico. Nascido na Ilha de Cós, em Larissa (460-377) a.C. exerceu a medicina tradicional; observa os humores, as sequelas advindas de problemas respiratórios e fazia os registros do comportamento do paciente: como da febre, dos olhos e cor da pele e acompanhava o progresso. Para ele a fleuma, o estado de espírito, fazia parte de mais três elementos como o sangue, a bílis amarela e bílis negra. Observa-se nesse caso que o paciente era tratado no seu todo: corpo e alma (psyché). Numa época em que a Grécia vivia na apoteose, a ciência se destaca e acontece o desgarramento das superstições e setenta doenças eram tratadas. Além de tratar o doente baseado na observação, ficou conhecido pelo juramento de Hipócrates, pelos formandos de medicina.
domingo, 19 de março de 2017
4 - SÓCRATES - Com chamadas comportamentais
Sócrates via no indivíduo tomado de terror, ou tomado de piedade, que poderia fazer uma terapia através da catarse, que consistia no tratamento das neuroses em que o paciente é levado a contar o que leva ao sofrimento. Era a purgação iniciada no século de Péricles e praticada até os dias de hoje nos tratamentos das psiconeuroses com a dissertação do analisando instigada pelo analista. Sócrates também empregava a representação dramática com recursos cênicos e com expectadores para uma apresentação moral de tudo que o homem precisava para sair do pesadelo, como o amor frustrado ou do comer sem vontade. O pai de Aristóteles era médico e o tratamento na época era justamente a purgação. Mesmo que a excitação inicial fosse incompatível com a razão, havia efeitos benéficos a médio prazo sobre a capacidade de agir racionalmente. Diz o filósofo: “Os homens tem naturalmente o sentimento de amizade. Necessitam uns dos outros, rendem-se à piedade, socorrem-se mutuamente, compreendem-se e mostram-se gratos. Quando suas idéias sobre os bens e os prazeres são as mesmas, lutam para alcançá-lo”. No terror, nos momentos das inimizades: “Quando divididos pelas opiniões, combatem-se uns aos outros: a guerra nasce da disputa e da cólera; a malevolência, dos desejos ambiciosos; ódio, da inveja.” Surge a resiliência, eram atitudes triunfais, que eram adotadas em momentos de situações muito difíceis. Precisava dar a volta por cima e desde a Idade Clássica isso era feito com chamadas, assim Sócrates repreende o filho que entra em atrito com a mãe, que também dispara contra ele, com razões dadas a ela.
sexta-feira, 17 de março de 2017
3 - PLATãO - A imortalidade da alma
3 - Platão no livro ‘Fedon’, fala do corpo e alma em vida, que é arrastada por um corpo após a morte: “Uma tal alma, portanto, que carrega esse peso, faz-se também pesada e arrasta-se de novo para região visível [...]". Aqui ele se refere na volta da alma a procura de um corpo em volta de jazigos ou fantasmas tenebrosos já vistos. Nesse capítulo da ‘Imortalidade da alma’ ele cita Penélope que desfazia a teia que outra tecia, a mortalha de Laertes, enquanto esperava por Ulisses. Busca em Homero, na 'Odisséia', a paciência de Penélope que por longos vinte anos espera pelo marido e nesse período administra corpo e alma. A caminhada do invisível e do visível travam lutas: quando a alma sentir prazer ou grande aflição a coisa mais certa seria o resultado ou o reflexo do corpo. Homero numa narrativa à frente do tempo, trás o conflito entre corpo e alma, no encontro entre Ulisses e Penélope. Um drama psicológico que aos poucos vai sendo administrado pelo narrador que coloca o filho do casal como conselheiro, o Telêmaco.
quinta-feira, 16 de março de 2017
2 - PLATãO - As ideias, objeto do pensamento
2 - As idéias, objeto do pensamento
Referia-se Platão as coisas, explorando com idéias o que seria uma beleza permanente e uma beleza que pode se dissipar, obtém a resposta de que algumas coisas permanecem belas, mas outras iriam sofrer com o decorrer do tempo, assim como um cavalo, homens, vestes e outros que encontramos na natureza. Havia a preocupação com os seres visíveis que se dissipam e os invisíveis que são perenes. Aqui entra a natureza humana composta de corpo visível e de alma invisível. Havia uma simbiose: "Quando a alma e o corpo se encontram unidos, a natureza ordena que ele sirva enquanto ele mande e governe." Discutia-se sobre a primazia entre o corpo e a alma.
quarta-feira, 15 de março de 2017
1 - PLATÃO - O mundo das idéias
Fala Platão!
O mundo das ideias
“Admitamos pois - o que me servirá de ponto de partida e de base - que existe um Belo em si e por si, um bom, um Grande e assim por diante. Se admitimos a existência dessas coisas, se concordares comigo, esperarei que elas me permitirão tornar-te clara a causa, que assim descobrirás, que faz com que a alma seja imortal.” Platão no emprego do verbo no subjuntivo 'Admitamos', expressa uma ideia, um pensamento hipotético, assim como Sócrates, nada afirma e coloca sobre dúvidas o que pensa. Há, a preocupação de uma análise das coisas que se interligam num mundo de cogitos e de espera de resultados. Funda-se o embate sobre o corpo e a alma. Era um ato de fala de natureza interrogatória. A existência de um Belo em si (o efeito, a realidade das coisas) e por si (a causa). Ao admitir a existência da coisa (objectum) de um lado e do outro a Ideia (insigni), surge o recurso linguístico e para tanto não cabe a crítica, haja vista o distanciamento que nos separa de Platão.
terça-feira, 7 de março de 2017
segunda-feira, 6 de março de 2017
ACHAMAN GUAÑOC: Chemtrails? Conoce la historia del hombre que apre...
ACHAMAN GUAÑOC: Chemtrails? Conoce la historia del hombre que apre...: Ocurrió el 13 de noviembre de 1946. Una nube se extendía por el monte Greylock (Massachusetts) cuando de repente una avioneta pasa a ...
domingo, 5 de março de 2017
ZORBA O GREGO - Anthony Quinn
Cenas do filme Zorba o Grego, extraído do livro de Nikos Kazantzakis, nascido em Creta em 1883. Formado em Direito, estudou litertura em Paris, Itália e Alemanha. Viajou pela Rússia e não cessou a atividade cultural e social. Foi militante socialista desde a juventude, ocupou o cargo de Ministro da Educação no governo Grego em 1945 e foi titular de um cargo importante na UNESCO antes de se retirar da vida pública para dedicar-se a sua obra. Faleceu na Alemanha em 1957.
domingo, 26 de fevereiro de 2017
sábado, 25 de fevereiro de 2017
NASA SURPREENDE ATÉ AS CRIANÇAS
A responsabilidade com que é tratada o espaço sideral e o espaço conhecido pela NASA, é quase nada, além do que já conhecemos através de Galileu Galilei. A própria Lua que se apresenta tão próxima de nós nada sabemos sobre ela, a não ser que é uma inspiradora dos poetas.
terça-feira, 14 de fevereiro de 2017
segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017
O RESSENTIMENTO
O ressentimento, essa reação que nos toma conta, o orgulho, está para a nossa dècandece na proporção ao valor que nos damos como seres humanos, e num retorno a caverna, acreditamos ser nobres. O ressentimento é inato, é ato contínuo e a mesma nobreza que nos leva a sentir mais ou menos a dor que vem de quem nos ressente, deve servir para se saber perdoar. Aceitar um pedido de desculpas, no meio familiar deve estar tão presente quanto o de perdoar, assim também, entre àqueles que somos amigos, ou são pessoas especiais. Na dècadence: "Voilà mes gestes, voilà mon essence", de um estado psicológico doentio, vem se juntar a uma confissão acompanhada do arrependimento, por falta de resposta de um pedido de desculpas. "Voilà mes gestes, voilá mon essence"
quarta-feira, 25 de janeiro de 2017
terça-feira, 24 de janeiro de 2017
DO MITO DA CAVERNA A ORDEM DO PINGUIM

quinta-feira, 19 de janeiro de 2017
quarta-feira, 18 de janeiro de 2017
ACHAMAN GUAÑOC: ¿Qué encontraron los Templarios en Tierra Santa?
ACHAMAN GUAÑOC: ¿Qué encontraron los Templarios en Tierra Santa?: ¿Qué fue lo que encontraron los Templarios en Tierra Santa que los hizo tan peligrosos para la iglesia? Esa es una pregunta, que por desgr...
quarta-feira, 11 de janeiro de 2017
HOCAIDO - Japão

domingo, 8 de janeiro de 2017
UMA FOTO E O SILÊNCIO QUE RESTOU
MEXENDO COM LIVROS: MINHA CAIXA DE EMAILS - Desertos chineses
MEXENDO COM LIVROS: MINHA CAIXA DE EMAILS - Desertos chineses: Digg.com Reportagem: Josh Haner Edward Wong Derek Watkings Jer...
MINHA CAIXA DE EMAILS - Desertos chineses

Digg.com | ||
Reportagem: Josh Haner Edward Wong Derek Watkings Jeremy White Texto: resumido por mim |
Nosso planeta de areia
Desertos chineses estão em expansão, a terra exaurida por séculos de pisoteio e explorada. O resultado são as mudanças climáticas imperdoáveis. O Deserto Tengger é o maior da China que tem 20% de toda a área coberta por desertos. Esse fica ao sul do deserto de Gobbi, na Mongólia, e não está longe de Pequim. Cresce anualmente 1300 Km2. Com o pastoreio, as plantações e sem replantio de árvores, a água cada dia se aprofunda mais, chegando a 4 ou 5 metros para se encontrar. Lagos foram secos e hoje apenas servem para o pastoreio e com bancos de areia. O Tangger que não para de crescer se emenda com outros desertos e as cidades populosas da China estão indo de encontro a eles e vice-versa. O governo chinês insiste para que não abandonem as áreas com bolsas de incentivo que variam de 2.700 dólares para a manutenção de rebanhos ou apenas míseros 600 dólares anual para que controlem as areais e de nada adianta o replantio de árvores já que não contam com a colaboração significante. Para quem insiste em plantar necessitam de fertilizantes numa terra que está gasta e não fornece mais nenhum nutrientes para a plantação. Os pais enviam os filhos para a cidade e que de lá não voltem. As grandes cidades temem fortes tempestades de areia. Fez-se os desertos, mas não é com a mesma facilidade que serão revertidos em áreas férteis, áreas verdes.
MINHA CAIXA DE EMAILS - DIGG.com - Expansão dos desertos chineses
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