Saimos da Era PT, para uma Nova Era, com expectativas de mudanças, que seria crucial para salvar o país. A esquerda anteviu o desastre da troca de governo e depositamos no STF esperanças para nos salvar de medidas fascistas. Um dos mais polêmicos foi o Ministro Luis Roberto Barroso com frases citadas: 'Nós criamos um direito penal perverso e seletivo, feito para prender menino pobre por 100 gramas de maconha' e que 'o foro privilegiado é uma jaboticaba amarga'. Neste paraíso tropical as frutas são sempre lembradas, como a banana e então somos visto como sendo a República das Bananas. A goiabeira também está em foco, e pelo visto no decorrer do discurso penal, não passamos de bicho da goiaba, assim como temos assessores fantasma vendendo açaí. A advocacia vem sendo ironizada, ora por filósofos, ora por vendedores de laranjas com grandes sabedorias, desde a Idade Média aos dias atuais. O que mudou na ciência dos burros? Pelo visto nada! Divido a ciência em três pensamentos: os que fazem dela continuar a ciência dos burros, os que fingem que não conhecem a ciência dos burros e os que conhecem bem a ciência dos burros. Salvo conduto, lembrando Erasmo de Rotterdam, que escreve Elogios da Loucura para homenagear um advogado, Tomás Morus por quem tinha grande admiração, cita Sísifo, condenado pelos poetas a rolar
uma pedra montanha acima e assim que se aproximava do topo deixa escapar. Essa
condenação mitológica corresponde ao que hoje se chama de prisão perpétua, pois
o condenado rolaria a pedra por toda existência, e sem nunca atingir o ponto, o ápice. No Senado, Luis Roberto Barroso é sabatinado,
como um dos requisitos para se tornar Ministro do STF, afirmou que o
mensalão representa "um ponto fora da curva". Para Barroso a
curva demonstra o funcionamento do direito em condições normais. Cada sentença judicial,
cada ponto encontra o seu lugar perto de certo acordo de base: a curva, que representa uma espécie de sentença
ideal a reunir casos semelhantes. O acordo de base passa
perto da curva, mas não chega a ser tocado, não tangencial o
que seria uma sentença ideal. Por que, pensou Barroso, dessa
forma? Observe o direito e suas análises, e suas sentenças: Sísifo parte
da base para chegar ao cimo em linha reta, com uma pedra, sem passar por perto de curva; Barroso
imagina a base como um
acordo que se faz, que seria o ideal, e por que não é? Sísifo,
faz o esforço inútil, já que a pedra ao tocar o cimo, volta à base, e
ambos, o ponto não toca a curva. As sentenças, as análises
continuam como o próprio autor ironiza uma ciência de burro.
Bibliografia: Café com poesia, Elogios da Loucura, p.25 e 26, Maria de Lourdes Cardoso
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