
"Memória ...Através delas daremos livros, livros a-mão-cheias, a todo o povo. O livro, bem sabemos, é o tijolo com que se constrói o espírito. Fazê-lo acessível é multiplicar tanto os herdeiros quanto os enriquecedores do patrimônio literário, científico e humanístico, que é, talvez, o bem maior da cultura humana". Darcy Ribeiro
domingo, 31 de janeiro de 2016
DELFIM NETTO - "Todos somos cínicos".

sexta-feira, 29 de janeiro de 2016
FORA DE CONTEXTO - Ecos de Jacque Derrida
DESCONSTRUÇÃO E ÉTICA
"[...] o direito, como instância decisória suprema, tem de decidir com base no texto da lei. O juiz não pode denegar a justiça alegando insuficiência da lei, nem pode decidir sem fundamentar juridicamente sua sentença. Nesse momento, aparece a responsabilidade extrema do pensamento crítico no direito: devemos interpretar e decidir mesmo na ausência do autor do texto, do destinatário e do próprio contexto. Mas uma determinada interpretação sempre tende a se impor sobre as demais, visto que a linguagem jurídica, como toda a linguagem, é opressora, busca o sentido correto, tende a congelar uma interpretação específica em detrimento de todas as outras possíveis, em nome da verdade, do sentido autêntico, da segurança jurídica. Como é possível sair da linguagem, e todo ato de interpretação é repressor, então não há como esperar por um direito justo. Assim, a verdadeira postura ética diante do direito está em decidir não decidir, ou seja, decidir continuar ajuizando, produzindo juízos sem cessar. O homem decidido entra na lei e pode tornar-se um monstro. A extrema responsabilidade é, portanto, não decidir, assumir a responsabilidade única de cada escolha, tomar posições mantendo sempre aberta a possibilidade de novas interpretações.
[...] Como afirma Derrida, a justiça precisa do direito, da força de lei, da lei enforced, da law enforcebility. Isso porque ao mesmo tempo em que o direto se descontrói - como tudo construído pelo homem se destrói - e deve mesmo ser deliberadamente desconstruído, a justiça só pode ser pensada nesse intervalo entre a desconstrução (que é justiça) e o direito (que é o cálculo). É justo que haja lei, e não podemos escapar dela.
[...] Essa leitura me leva a pensar que pensamento jurídico-político-brasileiro atual, pode ser desenvolvido no campo da interpretação jurisprudencial, ou seja, nas margens do poder decisório conferido aos juízes e tribunais. Esse espaço da decisão jurídica, da interpretação do texto legal defendida nos tribunais, corresponde a uma margem de liberdade positiva para que o direito incremente sua relação com a democracia e com a justiça social."
Obs. Pode-se ressaltar que o direito positivo brasileiro repassado do romano para o francês, cabe ao Judiciário a tarefa da interpretar as leis e aplicá-las de modo fiel.
segunda-feira, 25 de janeiro de 2016
EU ACUSO...! E O PROCESSO DO CAPITÃO DEYFRUS - Émile Zola/Rui Barbosa
MEXENDO COM LIVROS: O OURO COMO REGULADOR DO MERCADO
MEXENDO COM LIVROS: O OURO COMO REGULADOR DO MERCADO: " O ocidente pode consumir quantos esforços e recursos deseje para engordar artificialmente o poder de compra do dólar, baixar os pre...
quinta-feira, 21 de janeiro de 2016
RIO CITARUM - Rio morto
sexta-feira, 15 de janeiro de 2016
RIO CITARUM - O MAIS POLUÍDO DO MUNDO
POR QUE O CAPITALISMO NÃO DEU CERTO?
No arquipélago indonésio, com um amontoados de ilhas se destaca, Java onde fica a capital Jacarta. No monte Wayang, na mesma ilha nasce o rio Citarum que por mais de 500 anos a.C. fornecia água para os habitantes da ilha. Ele precorre uma distância de 300 quilômetros e serviu a população até o século passado, com abundância de peixes e um recurso hídrico de grande importância na região que percorria, sustentando a agricultura. Hoje ele é batizado como o rio mais poluído do mundo: com a explosão asiática, ninguém ficou de fora, nem as ilhas paradisíacas, assim a ilha não foi poupada das indústrias e fábricas que se instalaram no decorrer do século XX. O rio serviu de despejo dos grandes capitalistas, e a importância do rio foi deixada de lado, o povo usado na mão de obra barata, nenhum tratamento para sanear os males que vinham fazendo ao rio e a população. De costas voltadas para o sofrimento humano, com a saúde em risco, só resta catar lixo para matar a fome. Aproximadamente 500 fábricas se utilizaram da região para se estabelecer. O rio serviu de despejo de detritos ameaçando qualquer ser vivo que por ali passe.
quarta-feira, 6 de janeiro de 2016
MEXENDO COM LIVROS: NÃO PODEMOS JANTAR O CUNHA, JANTAMOS O AÉCIO (ESOP...
MEXENDO COM LIVROS: NÃO PODEMOS JANTAR O CUNHA, JANTAMOS O AÉCIO (ESOP...: Sempre lembro Esopo quando me deparo com situações em que posso encaixar alguma fala dos animais, em uma situação presente. Foi um fabul...
NÃO PODEMOS JANTAR O CUNHA, JANTAMOS O AÉCIO (ESOPO)
Sempre lembro Esopo quando me deparo com situações em que posso encaixar alguma fala dos animais, em uma situação presente. Foi um fabulista e contador de histórias que viveu por volta do século VI a.C. na Grécia e são atribuídas a ele longas viagens por vários lugares longe da dali, o que pode ter contribuído para ser um contador de fábulas. Criou fábulas envolvendo animais com fala de pessoas e de cunho moral. São as conhecidas fábulas de Esopo. Nada prova a sua existência e nenhum manuscrito foi encontrado, somente três séculos depois os contos que foram passando de geração em geração de forma oral numa tradição, foram escritos.
O filósofo Demétrio de Falero, em torno do ano de 325 a.C. governador da Grécia e grande orador, foi quem coletou as fábulas que vinham de séculos passados: as fábulas de Esopo. Entre as fábulas a mais conhecida é da Lobo e do cordeiro. Para se alimentar o lobo investe sobre o pequeno cordeiro, argumentando ser importunado pela água que o cordeiro turvava, quando bebia. Nenhum argumento serviu para o lobo, como por exemplo: "_ Eu bebo abaixo, enquanto o senhor bebe acima de mim". Pode-se concluir que para o lobo não importava o animal, mas a ocasião, e na falta do pai do cordeiro ou do irmão, ele servia como jantar. Não podemos jantar o Cunha, jantamos o Aécio
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