sexta-feira, 21 de outubro de 2011

TOLEDO DE TODOS OS TEMPOS

     
A SOCIEDADE É ASSIM:

O POBRE TRABALHA
                                                             O RICO EXPLORA-O
                                                             O SOLDADO DEFENDE OS DOIS
                                                             O CONTRIBUINTE PAGA PELOS TRÊS
                                                             O VAGABUNDO DESCANSA PELOS QUATRO
                                                             O BÊBADO BEBE PELOS CINCO
                                                             O BANQUEIRO "ESFOLA" OS SEIS
                                                             O ADVOGADO ENGANA OS SETE
                                                             O MÉDICO MATA OS OITO
                                                             O COVEIRO ENTERRA OS NOVE
                                                             O POLÍTICO VIVE DOS DEZ

    Os primeiros povos bárbaros que se tem notícias surgiram as margens do Mar do Norte (os jutos, os anglos, os saxões e os frisões). Os francos estabeleceram-se   ao longo do rio Reno, a esquerda e os alamanos a direita deste mesmo rio. Os bungurdios e os vândalos junto ao médio rio Danúbio, vizinhos dos suevos, nas marges do rio Oder e vizinhos destes, os lombardos. Entre o rio Dieper e o Danúbio viviam os visigodos e entre o rio Volga e o Dnieper os ostrogodos.  Estes dois últimos povos bárbaros surgiram da divisão de um outro, os godos. Estes povos procuravam proteção entre as fronteiras naturais dos rios sempre para se proteger de um outro bárbaro porque com frequência eram submetidos as pressões dos povos iranianos (os samatas e os alanos), povo nômade que viviam entre dois rios, o Ural e o Don. Esta região siberiana não oferia terras férteis para o cultivo e viviam na penúria, não conheciam cidades apesar de organizados e estabelecidos como família. Eles avançam e recuam nas fronteiras, saqueiam, mas também se aliam aos brilhantes ostrogodos, jamais derrotados por hunus, visigodos e os vândalos. Estes últimos veja o que diz Gautier em Genséric, roi des Vandales, "exatamente porque eram os mais fracos, eternamente empurrados por trás, é que foram forçados a ir mais longe". O autor estava se referindo aos Vândalos, chamados de "Godos de segunda zona". O Império Romano os atraía pelas riquezas e estes cuidavam de seus limites territoriais com unhas e dentes. Uma linha fortificada, o limes, se estendia ao longo do Reno e do Danúbio. Por ser um Império demasiado vasto, tornou-se difícil de conter as ameaças de outros bárbaros. Um soldado só (Imperador) governava e ficava difícil controlar todas as fronteiras e chegar até ele notícias do que estava acontecendo a centenas de quilômetros. Resolveram dividir em dois para poder atender todos os pontos: o Imperio Ocidental e o Oriental. No século III, usaram os próprios bárbaros como soldados mercenários para proteger as fronteiras. O número de bárbaros chegou a 200.000, eram os visigodos também empurrados pelos hunos, outro povo bárbaro que eram vizinhos e que viviam além do Don. Os visigodos se estabeleceram na Trácia em 376, região ao Norte da Grécia limitando com a Bulgária que  havia sido tomada pelos romanos. O Imperador romano, Valente, pretendia tranformar os visigodos em soldados e colonos. Estes não aceitaram a subjugação e assim surgiu a era das "grandes invasões bábaras". Os mais fortes tomavam parte do Império dos mais fracos. Os visigodos comandados por Alarico rumaram em direção a Roma e saquearam em 410 e tomaram posse de uma vasta região da Gália, com Tolosa (Toulouse) como capital e aí permaneceram por quase um século e foram empurrados pelos francos que tomaram a capital em 507. E os sábios visigodos? Juntam-se aos nômades, se fortalessem e numa linha de fuga atravessam os Pirineus e chegam exatamente no meio do país, que hoje se chama Espanha, em Toledo. Permaneceram e reinaram nesta capital por mais 200 anos. Em 711 vindos da África pelo estreito de Gibraltar, comandados Tarik , os muçulmanos (árabe e berberes) tomam Toledo dos visigodos e estes passaram o posto para Córdoba até o início do século XI. O desenvolvimento cultural europeu se deu com a chegada dos árabes que traziam em sua bagagem conhecimentos de geometria vindos da Grécia, aritmética da Índia e assim começaram as invenções. O agrupamento dessa ciência ensinada nas universidades árabes de Sefarad, nome hebreu dado pelos invasores (Espanha), recebeu o nome de "ciência", que se espalhou aos poucos por toda a Europa. Na Idade Média os berberes começaram a ser chamados de mouros. Este povo judeu da Arábia,  conhecidos pela sua sabedoria eram também chamados  por ladinos, finos e mesmo a contragosto dos europeus foram eles que levaram a cultura ao continente.  A paz deixou de reinar com a chegada dos mouros e desde 718 até 1492 foram séculos de luta chamada de Guerra de Reconquista Espanhola e finalmente expulsos pelos reis católicos Fernando e Isabel. Os judeus se refugiaram em Portugal e muitos confundem a sua própria descendência, que por sua vez empurraram para´o continente mericano, africano e para a Ásia. Toledo voltou a ser sede novamente e  produzia aço, espadas, facas e outras ferramentas. Em 1561, o rei, Felippe II de Espanha  muda a capital para Madrid. Toledo fica no topo de uma montanha cercada pela curva do rio Tejo em três lados e sem dúvida o visitante vai encontrar vestígios de uma história ainda presente.




































































Nenhum comentário:

Postar um comentário