Carl Friedrich May, nasceu em Radebeul, na Alemanha. Maio incorporou seus personagens a ponto de confundir o leitor. Escreveu este livro em 1891 após ter viajado para os Estados Unidos e ali viveu com o índio, o negro e o yankee. Era poliglota, e aprendia a língua viajando. Fez um romance de aventura, o melhor entre todos escrito por ele, escreveu na terceira pessoa. Pré-moderno, seus personagens são criados a partir de uma vivência com as viagens e assim adjetivando-os como: altos, magros, barbudos, ruivos, vai dando forma a cada um e surprendendo o leitor. Colocou-os em um navio e aos poucos vão se conhecendo de forma que o leitor fica de cabelos em pé: o Mão de Ferro (homem forte), o Mão de Fogo (bom no gatilho) e o ruivo Brinkley?
__ "Cruzes! Se aquele não é o ruivo Brinkley, quero ser enfumaçado e devorado com toda a casca. Tomara que ele não me reconheça!"
A maioria dos personagens eram yankees e havia também o Coronel. Encontravam-se ali os respeitáveis Nintropan-haney e o seu filho Nintropan-hoomosch. Eles eram nada mais que dois nômades que vagavam pelas planícies e montanhas americanas, sem destinos: o "Grande-Urso" e o "Pequeno-Urso". Também a bordo o "alemão". Era o Preto Tom "célebre rafter".
O navio era um saco de gatos, ou melhor um gatinho viajava ali. Dizia o proprietário do gato: acalmem-se cavalheiros, é apenas uma pantera negra, com três metros de comprimento, com três anos de idade e come um carneiro por dia. Ela dorme no caixão de madeira e alguém esbarrou nele. A pantera havia rosnado e fez o navio estremecer.
Assim prosseguia a viagem de sobressalto em sobressalto. Uma bela leitura. Confira a qualidade literária de Maio.
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