terça-feira, 23 de janeiro de 2018

MEXENDO COM LIVROS: DOCUMENTO VAZADO PELO WIKILEAKS (treinamento com ...

MEXENDO COM LIVROS: DOCUMENTO VAZADO PELO WIKILEAKS (treinamento com ...: De forma global. BRASIL : A CONFERÊNCIA DE FINANÇAS ILÍCITAS UTILIZA A PALAVRA "T", SUCEDIDAMENTE Data: 2009 30 de outubro , ...

DOCUMENTO VAZADO PELO WIKILEAKS (treinamento com práticas para brasileiros inclusive o Judiciário, pelo governo americano)

De forma global. BRASIL: A CONFERÊNCIA DE FINANÇAS ILÍCITAS UTILIZA A PALAVRA "T", SUCEDIDAMENTE
Data: 2009 30 de outubro, 20:18 (sexta-feira) ID canônica: 09BRASILIA1282_a
Classificação Original: NÃO CLASSIFICADO, PARA USO OFICIAL SOMENTE Classificação atual: NÃO CLASSIFICADO, PARA USO OFICIAL SOMENTE
Manipulando Restrições - Não Atribuído -
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Ordem Executiva: - Não Atribuído - Localizador: TEXT ONLINE
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Gabinete: - Não atribuído - Tipo: TE - Telegrama (cabo)
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De: Brasil Brasilia Marcas: - Não atribuído -

Para: Argentina Buenos Aires | Brasil Recife | Brasil Rio De Janeiro | Brasil São Paulo | Chile Santiago | Panamá Cidade do Panamá | Paraguai Assunção | Secretário de Estado | Uruguai Montevidéu

1. (SBU) Resumo: uma conferência regional financiada pela S / CT
Intitulado "Crimes financeiros ilícitos" realizado no Rio de Janeiro
De 4 a 9 de outubro de 2009, reuniu com êxito
Representantes da lei federal e estadual do Brasil
Comunidade de execução e países de todo o continente
América. A conferência de uma semana foi louvada por escrito
Avaliações dos participantes, com muitos pedindo mais
Formação, incluindo formação específica sobre a luta contra o terrorismo.
 Essa solicitação direta difere dos pedidos brasileiros anteriores
Que historicamente evitaram qualquer treinamento que referenciasse
Terrorismo, preferindo termos mais genéricos, como
"Crimes transnacionais". Além disso, os participantes universalmente
Elogiou o fato de que o treinamento era multijurisdictional,
Práticas, e incluíram demonstrações reais (como
Preparar uma testemunha para testemunhar, e o exame direto de
Testemunhas). O treinamento futuro deve se basear em áreas como
Forças-tarefa de finanças ilícitas, o que pode ser a melhor forma de
Combate o terrorismo no Brasil. Resumo final.

PROJETO PONTES: CONSTRUINDO PONTES À APLICAÇÃO DE DIREITO BRASILEIRO

2. (U) Post concluiu recentemente uma conferência bem sucedida sobre
Finanças ilícitas de 4 a 4 de outubro (reftel), realizada na região
Capital do Rio de Janeiro e financiada pelo Coordenador do Estado
Para o combate ao terrorismo (S / CT). Esta é a primeira região
Conferência realizada sob a publicação Projeto PONTES
(Tradução: Bridges Project) um guarda-chuva, um novo treinamento
Postagem de conceito introduzida em fevereiro de 2009 para consolidar
Treinamento bilaterais de aplicação da lei. Treino realizado
O Projeto PONTES é único de várias maneiras: apresentações
Se concentrar nas melhores práticas brasileiras e americanas; a
Os participantes incluem, no mesmo local, juízes, procuradores,
E aplicação da lei; Os temas são acordados por ambos
Homólogos brasileiros e americanos; E as apresentações são
Voltado para habilidades práticas, e não para a teoria.

3. (U) Assessor de Residente Residente (RLA) e Legal
Anexar (LEGAT) seguiu de perto a estrutura do Projeto PONTES
Ao desenvolver a agenda da conferência e a lista de
Participantes. Juízes e procuradores federais de cada um dos
O Brasil, 26 estados e um distrito federal participaram, e
Mais de 50 agentes da polícia federal (de todo o Brasil)
Participou. A participação no nível estadual também foi solicitada,
E 30 promotores estaduais, juízes e policiais
participaram. Além da grande delegação brasileira,
Post se esforçou para conhecer o foco regional da S / CT, convidando
Representantes do México, Costa Rica, Panamá, Argentina,
Uruguai e Paraguai.

O TERRORISMO ENCONTROU NO FORO

4. (SBU) Coordenador Adjunto de Contra-Terrorismo em S / CT,
Shari Villarosa, abriu a conferência com um discurso principal
Sobre Finanças Ilícitas e Terrorismo. Na maioria das postagens, s
Planejando com seus homólogos brasileiros, o tradicional
O mantra tem sido evitar o uso da palavra "Terrorismo" e
Em vez disso use o termo menos controverso "Crime Transnacional"
Como um eufemismo para toda a atividade que envolve organização
Violência e ameaças. No entanto, em suas observações de abertura,
O vice-coordenador Villarosa falou diretamente sobre o terrorismo
E o financiamento ilícito do terrorismo, enfatizando que
O financiamento ilícito é um problema global e precisa ser abordado 

5. (SBU) Em vez de desafiar essas afirmações com tanta frequência
Acontece ao lidar com o Ministério das Relações Exteriores do Brasil ou
Membros do Poder Executivo, o setor judicia
l
Os representantes da conferência encontraram o tópico a ser
Extremamente interessante e importante. Na pós-conferência
Avaliações, o treinamento de acompanhamento mais solicitado
Estava relacionado ao antiterrorismo, demonstrando claramente que
Os juízes federais, os procuradores e outras autoridades policiais
Os profissionais estavam menos preocupados com o
Campo de minas em torno do termo e genuinamente interessado em
Aprendendo a melhor engajar o processo judicial no
Luta contra o terrorismo.
lidar com o Ministério das Relações Exteriores do Brasil ou
Membros do Poder Executivo, o setor judicial
Os representantes da conferência encontraram o tópico a ser
Extremamente interessante e importante. Na pós-conferência
Avaliações, o treinamento de acompanhamento mais solicitado
Estava relacionado ao antiterrorismo, demonstrando claramente que
Os juízes federais, os procuradores e outras autoridades policiais
Os profissionais estavam menos preocupados com o
Campo de minas em torno do termo e genuinamente interessado em
Aprendendo a melhor engajar o processo judicial no
Luta contra o terrorismo.
 6. (U) Após o discurso principal, a conferência
Precedida de uma apresentação do ministro da justiça brasileira
 BRASILIA 00001282 002 OF 003
 Gilson Dipp, que forneceu uma visão geral da
História política do branqueamento  de capitais do Brasil e ilícita
Legislação de atividade. Lavanderia Federal Brasileira
O juiz Sergio Moro discutiu as 15 questões mais comuns que ele
Vê em casos de lavagem de dinheiro nos tribunais brasileiros. NOS.
Os apresentadores discutiram vários aspectos relativos ao
Investigação e acusação de financiamento ilícito e dinheiro
Casos de lavagem, incluindo formal e informal internacional
Cooperação, confisco de bens, métodos de prova, pirâmide
Esquemas, pechinchas, uso do exame direto como
Ferramenta e sugestões sobre como lidar com organizações não governamentais
Organizações (ONGs) suspeitas de serem usadas para ilícitas
financiamento. Além disso, uma prova de testemunha simulada e direta
Foi apresentado um exame. No final de cada dia, uma hora
Foi reservado para todos os apresentadores para responder qualquer
Perguntas e permitir que os participantes aumentem mais
Tópicos. Esta parte da conferência foi sempre animada, e
Resultou em discussões de inúmeros temas, bem como
Sugestões dos brasileiros sobre como trabalhar melhor com
os EUA.
 RESULTADOS: TÉCNICAS PRÁTICAS ÚTEIS
 7. (U) Os participantes elogiaram o treinamento, e
Solicitou treinamento adicional sobre a coleta de provas,
Interrogatório e entrevista, habilidades de sala de tribunal e
Modelo de força-tarefa. Os participantes também elogiaram a qualidade
Das apresentações e destacou a simulação direta
O exame de uma testemunha como ponto alto da conferência.
Enfatizaram a importância de discutir práticas
Técnicas de investigação e experimentação, e a demonstração de
Exemplos concretos de cooperação entre as autoridades policiais e
Promotores. Finalmente, muitos comentaram que queriam
Saiba mais sobre o modelo proativo da força tarefa, desenvolva
Melhor cooperação entre procuradores e policiais,
E obter experiência direta no trabalho em complexo de longo prazo
Casos financeiros.
 8. (U) participantes brasileiros procuraram a RLA e a
LEGAT durante a conferência para discutir como melhorar
Sistema jurídico do Brasil, especialmente na área de complexo
Investigações financeiras e processos judiciais. Os brasileiros
Explicou que a democracia do Brasil tem apenas 20 anos;
Portanto, juízes, procuradores e juízes federais brasileiros
A aplicação da lei é nova no processo democrático e não tem
Foi treinado no básico de investigações de longo prazo,
Forças-tarefa proativas e o uso bem-sucedido da sala de audiências
Advocacia. Além disso, eles não conseguem
Efetivamente usam seu novo código criminal, já que várias
As mudanças alteraram completamente a maneira pela qual a evidência
É apresentado no tribunal. Por exemplo, o RLA com sucesso
Defendeu mudanças recentes para o criminoso brasileiro
Código de procedimento, que exige o exame direto de
Testemunhas da acusação e da defesa, em vez de
O juiz, e usa testemunhos ao vivo em vez de escrito
Declarações juradas. Muitos brasileiros, entretanto, confessaram que eles fazem
Não sabe como usar essas novas ferramentas, mas está ansioso para aprender.
TREINAMENTO FUTURO: FORÇA DE TAREFAS DE FINANCIAMENTO ILÍCITAS
9. (U) A conferência demonstrou claramente que o brasileiro
O setor judicial está muito interessado em engajar mais
Proativamente na luta contra o terrorismo, mas precisa do
Ferramentas e treinamento para efetivamente se envolver. Atualmente, o
Abordagem mais eficaz para encarcerar um suspeito de terrorismo
É tentá-lo em um crime predicado, como o tráfico de drogas
Ou lavagem de dinheiro. De fato, muitos dos brasileiros
Participantes da conferência praticam exclusivamente no Brasil, s
Tribunais federais de lavagem de dinheiro estabelecidos em 1998 em
Em conjunto com uma lei de lavagem de dinheiro. Especializado
Promotores e investigadores trazem seu lavagem de dinheiro
Casos a esses tribunais, que foram mais eficazes do que
A maioria e manipulou alguns dos mais importantes do Brasil
Casos envolvendo corrupção e indivíduos de alto nível.
 10.  (U) Conseqüentemente, há uma necessidade contínua de fornecer
Treinamento prático para juízes federais e estaduais brasileiros
Promotores e policiais em relação ao tráfico ilícito
Financiamento de conduta criminal. Ther
Treinamento prático para juízes federais e estaduais brasileiros
Promotores e policiais em relação ao tráfico ilícito
Financiamento de conduta criminal.
 BRASILIA 00001282 003 DE 003
 Método efetivo de perseguição de criminosos. Idealmente, o
O treinamento deve ser de longo prazo e coincidir com o
Formação de forças-tarefa de treinamento. Dois grandes centros urbanos
Com apoio judicial comprovado para casos de financiamento ilícito, em
São Paulo, Campo Grande ou Curitiba devem ser
Selecionado como local para este tipo de treinamento. Então
Forças de tarefa podem ser formadas, e uma investigação real utilizada
Como base para o treinamento que progressaria seqüencialmente
Da investigação através da apresentação do tribunal e
Conclusão do caso. Isso daria aos brasileiros
Experiência real em trabalhar com um pró-ativo pró-ativo
Força-tarefa de financiamento e permitir o acesso a especialistas dos EUA para
Orientação e suporte contínuos. Post pode fornecer mais
Etapas detalhadas e um septel de análise de custos.
11. (SBU) Comentário. No geral, a conferência foi um sucesso,
Não só para convocar um número significativo de brasileiros e
Profissionais regionais de aplicação da lei para compartilhar melhor
Práticas para investigar e processar delitos ilícitos,
Mas também reconhecer que o termo terrorismo não é tabu para
Os profissionais que precisam se preparar para o pior. Postagens
O Projeto PONTES continuará reunindo Estados Unidos e
Aplicação da lei brasileira em diferentes locais, para construir
Nossos relacionamentos e boas práticas de intercâmbio. Para
Esforços de antiterrorismo, esperamos usar a abertura deste
A conferência forneceu a força-tarefa de finanças ilícitas
Treinando em um grande centro urbano. Termine o comentário.
KUBISKE
Nota: Parte do texto entrou em negrito e  alguns pontos foram feitos por mim.
*branqueamento de capitais (lavagem de dinheiro)


quinta-feira, 18 de janeiro de 2018

ARMANDO RODRIGUES COELHO NETO - Aconteceu na década de 90 -124 bilhões dólares na conta chamada "tucano..."

Armando Rodrigues Coelho Neto, GGN

Aconteceu na década de 90. US$ 124 bilhões saíram do Brasil através das chamadas contas CC5. Há quem diga que, na época, nem as reservas brasileiras em moeda americana chegavam a esse total. O banco usado para a roubalheira foi o Banestado e o ralo era Foz do Iguaçu/PR, cidade onde antes durante ou depois foi trabalhar o tal “Japonês da Federal”, que nada tem a ver com a história.

Também meio antes, durante ou depois – a essa altura pouco importa, aconteceu a CPI dos Precatórios, que desaguou numa tal Operação Macuco da Polícia Federal, que entrou em cena e descobriu que pelo menos US$ 30 bilhões daquela cifra foram remessas ilegais.

Durante as investigações, a Procuradoria da República ia junto aos órgãos oficiais, perguntava uma coisa, respondiam outra. Refazia o pedido e a resposta vinha incompleta. E aí, ela radicalizou: pediu a quebra de sigilo de todas as contas CC-5 do País. Sugiro ao leitor uma visita ao Google para entender melhor essas tais contas.

A PF descobriu que o dinheiro passava por Nova Iorque (EUA), uma roubalheira que apesar de gigante, seria apenas a ponta de um iceberg. Entre os suspeitos estavam empresas financiadoras de campanha, alto empresariado em geral e membros da alta cúpula do governo brasileiro da era Fernando Henrique Cardoso.

O rombo era tamanho que os promotores americanos, abismados com o volume de dinheiro que havia transitado por aquela cidade, quebraram sigilo bancário em Nova Iorque. equipe da PF foi reconhecida e ganhou a simpatia até do enfadonho e burocrático Banco Central (EUA), além da FBI (Polícia federal americana).

O mecanismo descoberto era e é um traçado muito bem articulado, de forma que os verdadeiros nomes dos titulares não possam aparecer. Desse modo, num passe-repasse, plataformas financeiras e coisa e tal, os trabalhos para ocultação envolvem ou envolveriam até cinco camadas ocultadoras.

Com esse grau de sofisticação, investigar seria percorrer o complexo caminho inverso, mergulhar nas tais camadas, até que se chegar aos verdadeiros titulares do dinheiro.

Estava tudo tão bom e tão bem protegido, que a prática consolidou-se, e como a corrupção no País é endógena, além de “lubrificar economias” (a Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico – OCDE que o diga!) as ratuínas foram abrindo a guarda. Com impunidade garantida, alguns grandes nomes relaxaram e apareceram por descuido.

Haja descuido! Surgiu até um óbvio – “Tucano” e um aleatório Serra”. Tão óbvio que deixou perplexo não só o delegado que coordenava o trabalho, mas também os procuradores. Mero ato falho e primário, em tempos de abertura de guarda, de “engavetadores gerais da República”. Tempos de gente honrada e das panelas silenciosas, da dita “grande mídia” calada, dos arautos da moralidade hodierna.

Há uma entrevista no Youtube com o delegado federal José Castilho Neto, coordenador da Operação Macuco. Sem fulanizar ou partidarizar, ele reclama da oportunidade aberta e perdida, naquela época, para o enfrentamento da banda podre, seja da política, seja do empresariado. O Cônsul do Brasil, que trabalhava em Nova Iorque, teria dito para as autoridades americanas que a cabeça do delegado Castilho “estava a prêmio”. Só não disse quem seria o pagador, se os protegidos ou os protetores.




Castilho foi afastado. E o leitor a essa altura deve estar se perguntando: por que esse saudosismo tanto tempo depois?

Primeiramente para lembrar que a podridão de antes não inocenta ninguém. Mas serve pra provar a hipocrisia dos que hoje posam como arautos da moralidade. Mostra o cinismo dos paneleiros e demonstra com cristalina clareza a postura golpista da dita “grande imprensa”.


Em segundo lugar, para não ter que retornar aos tempos do Brasil Colônia ou da mordaça da ditadura militar, eu simplesmente gostaria de reafirmar que esse caso escabroso, narrado lá em cima, ocorreu na era do impoluto Fernando Henrique Cardoso. Sabe qual emissora de televisão de maior audiência? TV Globo. Sabem quem era o doleiro? Alberto Youssef. Sabem quem era o juiz? Sérgio Moro.
      Armando Rodrigues Coelho Neto