domingo, 19 de março de 2017

4 - SÓCRATES - Com chamadas comportamentais

Sócrates via no indivíduo tomado de terror, ou tomado de piedade, que poderia fazer uma terapia através da catarse, que consistia no tratamento das neuroses em que o paciente é levado a contar o que leva ao sofrimento. Era a purgação iniciada no século de Péricles e praticada  até os dias de hoje nos tratamentos das psiconeuroses com a dissertação do analisando instigada pelo analista. Sócrates também empregava a  representação dramática com recursos cênicos e com expectadores para uma apresentação  moral de tudo que o homem precisava para sair do pesadelo, como o amor frustrado ou do comer sem vontade. O pai de Aristóteles era médico e o tratamento na época era justamente a purgação. Mesmo que a excitação inicial fosse incompatível com a razão, havia efeitos benéficos a médio prazo sobre a capacidade de agir racionalmente. Diz o filósofo: “Os homens tem naturalmente o sentimento de amizade. Necessitam uns dos outros, rendem-se à piedade,   socorrem-se mutuamente, compreendem-se e mostram-se gratos. Quando suas idéias sobre os bens e os prazeres são as mesmas, lutam para alcançá-lo”. No terror, nos momentos das inimizades: “Quando divididos pelas opiniões, combatem-se uns aos outros: a guerra nasce da disputa e da cólera; a malevolência, dos desejos ambiciosos; ódio, da inveja.” Surge a resiliência, eram atitudes triunfais, que eram adotadas em momentos de situações muito difíceis. Precisava dar a volta por cima e desde a Idade Clássica isso era feito com chamadas, assim Sócrates repreende o filho que entra em atrito com a mãe, que também dispara contra ele, com razões dadas a ela.

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