sexta-feira, 21 de dezembro de 2018

DIREITO PENAL (versus)

Resultado de imagem para foto de roberto barroso Saimos da Era PT, para uma  Nova Era, com expectativas de mudanças, que seria crucial para salvar o país. A esquerda anteviu o desastre da troca de governo e depositamos no STF  esperanças   para nos salvar de medidas fascistas. Um dos mais polêmicos foi o Ministro Luis Roberto Barroso com frases citadas:   'Nós criamos um direito penal perverso e seletivo, feito para prender menino pobre por 100 gramas de maconha' e  que   'o foro privilegiado é uma jaboticaba amarga'. Neste paraíso tropical as frutas são sempre lembradas, como a banana e então somos visto como sendo a República das Bananas. A goiabeira  também está em foco, e pelo visto no decorrer do  discurso penal, não passamos de bicho da goiaba, assim como temos assessores fantasma vendendo açaí. A advocacia vem sendo ironizada, ora por filósofos, ora por vendedores de laranjas com grandes sabedorias, desde a Idade Média aos dias atuais. O que mudou na ciência dos burros? Pelo visto nada! Divido a ciência em três pensamentos: os que fazem dela continuar a ciência dos burros, os que fingem que não conhecem a ciência dos burros e  os que conhecem bem a ciência dos burros. Salvo conduto, lembrando Erasmo de Rotterdam, que escreve Elogios da Loucura para homenagear um advogado, Tomás Morus por quem tinha grande admiração, cita Sísifo, condenado pelos poetas a rolar uma pedra montanha acima e assim que se aproximava do topo deixa escaparEssa condenação mitológica corresponde ao que hoje se chama de prisão perpétua, pois o condenado rolaria a pedra por toda existência, e sem nunca atingir o ponto, o ápice. No Senado, Luis Roberto Barroso é sabatinado,  como um dos requisitos para se tornar Ministro do STF,  afirmou que o mensalão representa "um ponto fora da curva". Para Barroso a curva demonstra o funcionamento do direito em condições normais. Cada sentença judicial, cada ponto encontra o seu lugar perto de certo acordo de base: a curva, que representa uma espécie de sentença ideal a reunir casos semelhantesO acordo de base passa perto da curva, mas não chega a ser tocado, não tangencial o que seria uma sentença ideal. Por que, pensou Barroso, dessa forma? Observe o direito e suas análises, e suas sentenças: Sísifo parte da base para chegar ao cimo em linha reta, com uma pedra, sem passar por perto de curva; Barroso imagina a base como um acordo que se faz, que seria o ideal, e por que não é? Sísifo, faz o esforço inútil, já que a pedra ao tocar o cimo, volta à base, e ambos, o ponto não toca a curva. As sentenças, as análises continuam como o próprio autor ironiza uma ciência de burro. 
Bibliografia: Café com poesia, Elogios da Loucura, p.25 e 26, Maria de Lourdes Cardoso

sexta-feira, 14 de dezembro de 2018

A 'EPIDEMIA' DO ESTUPRO

O estupro, não pode ficar só no âmbito da especulação, mas considerá-lo como uma epidemia que precisa de tratamento. Temos diante de nós uma sociedade doente. As crianças sem a defesa e nas mãos do estuprador familiar, guarda o silêncio segundo a sua própria narrativa ainda muito jovens ou só mais tarde na adolescência. Ainda criança, feita a descoberta, ela pode voltar aos brinquedos infantis, ou na pior das hipóteses  está diante de um caso complexo e de grande desafio para Psicólogos, Psicanalistas e Psiquiatras. Recorre-se ainda a Neurologia para exames e estudos de córtex para danos tardios. Entre os danos separo a cognição distorcida em que a pessoa tem uma imagem do mundo a sua própria maneira com a ética e moral que lhe é conveniente. Tem dificuldade de perceber a realidade mesmo sendo apontada, já criou seu próprio establishiman, mesmo com a redução e compreensão dos papéis que lhe são atribuídos, pois não lhe é permitido resolver os próprios. Todos os passos são de recalques e vive num mundo de pensamentos ilógicos. Cai na teia criada ao longo do tempo sem o tratamento, no drible de contos sobre experiências incomum na vida. 

ACHAMAN GUAÑOC: La evolución histórica de las lenguas indoeuropeas...

ACHAMAN GUAÑOC: La evolución histórica de las lenguas indoeuropeas...: Pese a la ausencia de fuentes escritas, el   protoindoeuropeo   (PIE) es una de los idiomas prehistóricos mejor conocidos por la ...

domingo, 18 de novembro de 2018

BRASILEIRO ENTRA NA IDADE DA PEDRA LASCADA

Percebo a preocupação da esquerda, que lutou arduamente pela permanência da Ex-Presidente Dilma Rousseff, com as escolhas de Bolsonaro para ocupar ministérios e embaixadas. Temer foi uma personagem nessa passagem histórica de golpe em um governo que se iniciava e  não o fez só. A Lava-jato fazia parte da estrutura montada para que se sustentasse a "nova era do KKK -  Ku Klux Klan". Por amostragem foi preso Eduardo Cunha, que fazia parte da quadrilha e da montagem do esquema. Na ideologia de exclusão do mais fraco, e aqui em um país  com predominância negra, serão eles, os excluídos. Temos ainda na base da pirâmide muita pobreza oriunda de várias nacionalidades, que aqui aportaram em diferentes épocas. Teremos um governo voltado para seus próprios umbigos sem nenhuma preocupação com  com "o outro". Muitos serão "os outros", mas bastava que fosse tirado do governo o Partido dos Trabalhadores que a grande nação sairia de uma crise e pregava-se um afundamento;  Temer  emergiria a nação do fundo do poço que foi aberto pelo fascismo intolerante, como afirmou  Senador Tasso Jereissati com a expressão, "Botei uma quadrilha ali". Arrependido, não pelo desastre  alheio, mas pelo próprio, os negócios iam mal. Nesse período de "glória", houve as eleições sem antes contar com a continuidade de Temer até o último dia do ano. Contou entre tantos com o candidato com a ideologia do KKK. Nada mais justo, que o golpe se dê pelo período, que será medido pelo grau de satisfação de todos ou pela volta à caverna do brasileiro. Na Era da Pedra Lascada, o homem não só lascava a pedra, era também um lascado, entre eles havia animais de grande porte, tinha plantações que eram pisoteadas,  não havia a governabilidade que garantisse a colheita das pequenas plantações, semelhante ao que  está sendo a anunciado.   Imagem relacionada

ACHAMAN GUAÑOC: La Tierra está devorando sus propios océanos, ¿a d...

ACHAMAN GUAÑOC: La Tierra está devorando sus propios océanos, ¿a d...: A medida que las placas tectónicas se desplazan y se introducen las unas bajo las otras arrastran al interior de la Tierra más agua de lo qu...

sexta-feira, 26 de outubro de 2018

terça-feira, 9 de outubro de 2018

Mi ventana

Delicados & Coloridos | briannadamra.tumblr.com 





                                  Mi ventana
                  ¿Qué tiene en la ventana?
                  _Lluvia! 
                  Que tiene en la ventana? 
                  _Plumas!
                  No, no, son flores de la primavera. 
             
                                           Maria de Lourdes Cardoso
                                           Do grupo "Café com poesia", uma colaboração para                                                                    18ª Feira do Livro de Torres/RS, nesta semana.
                                                                               

quinta-feira, 6 de setembro de 2018

O HOMEM QUE CALCULAVA - Malba Tahan

     Escritor brasileiro que inicou sua carreira com o seu próprio nome, Júlio Cézar de Mello e Souza, sem sucesso. Mudou a sua história como escritor trocando suas origens com o pseudônimo de Malba Tahan, um árabe. Escreve o "O homem que calculava" em 1939 entre tantos outros.
     
     Um dos títulos do livro de Malba Tahan chama-se "Os quatro quatros". Diz o protagonista:
     "_ Repare que a soma de 12, dividido por 4, dá quociente 3. Eis, portanto, o 3 formando quatro quatros.
      _ E como vai formar o próprio número 4? Pergunta.
      _ Nada mais simples - explica Beremiz (o protagonista). O 4 pode ser formado de várias maneiras.
                  Eis uma expressão equivalente ao 4:
                                          
                                      4+ 4-4 
                                             4
     _ Observe que a segunda parcela 4-4 sobre 4, é nula e que a soma fica igual a 4. A expressão escrita equivale 4+0, ou 4." Segue o nosso narrador brincando, calculando mais um pouco com número 4. 
        Num outro capítulo entre tantos interessantísimos, porém muito longos encontrei um parecido com o cálculo matemático explicado pelo "nosso" ministro Palocci sobre a multiplicação do seu patrimônio em tão pouco tempo, também provável aluno do narrador. Chama-se "O problema dos 50 dinares."
                           Resumindo:
          Mercador
       "Pelo que acabo de ouvir o senhor é exímio matemático, nas contas e nos cálculos. Dar-lhe-ei de presente o belo turbante azul se o senhor explicar certo mistério encontrado numa soma, que a dois anos me tortura o espírito." Narrou o seguinte:
     "Emprestei certa vez a quantia  de 100 dinares, sendo 50 a um cheique de Medina e outro 50 a um judeu do Cairo."

      O medina pagou a dívida em 4 parcelas, assim:
      Pagou 20      ficou devendo 30
      Pagou 15      ficou devendo 15
      Pagou 10      ficou devendo   5
      Pagou   5      ficou devendo   0
      Soma  50      Soma                50  
      
 O cairota me pagou os 50 dinares em 4 parcelas, assim:

     Pagou 20      ficou devendo 30
     Pagou 18      ficou devendo 12
     Pagou   3      ficou devendo   9
     Pagou   9      ficou devendo   0
     Soma  50      Soma               51

     Existe a diferença de 1. Não fui prejudicado, diz o mercador. O que deu errado?
                     Explica o calculista:
     "Nas contas de pagamento, os saldos devedores não tem relação alguma com o total da dívida. Admitimos que uma dívida  de 50 dinares fosse paga em 3 prestações:"

      A primeira de 10        ficou devendo 40
      A segunda de   5        ficou devendo 35
      A terceira de  35        ficou devendo   0
      Soma              50        Soma               75
            
       Explica o calculista:
     "A primeira soma é 50 ao passo que a segunda soma é 75, mas podia ser 80, 90, 100, 260 e 800, ou qualquer número. O mercador entendeu tudo e deu de presente o turbante azul que valia 4 dinares."
       Confira esta bela obra de Malba Tahan e fique com uma frase dele: "É preciso desconfiar sete vezes do cálculo, e cem vezes do calculista."



                                                       

quarta-feira, 21 de março de 2018

FREUD - Caso grave de Hemianestesia em um homem histérico


          Observação de um caso grave de Hemianestesia em um homem histérico (1866)
     Como nas observações de Charcot que aponta para sintomas especiais em caso de histeria, os “estigmas histéricos”,  Freud foi desafiado em Viena a provar que o homem podia sofrer desse mal  e depois de uma segunda tentativa encontra  um paciente masculino que se ofereceu para ser estudado. Era August P. de 29 anos e trabalhava como gravador numa empresa há dez anos. O paciente carregava um grande trauma familiar ao perder os pais, com mais cinco irmãos e entre eles, um foi tratado em Berlim com histeria. Assim na Sociedade de Medicina de Viena ele apresenta o paciente que ele já havia conversado e examinado. Não foi dispensado o histórico desde muito pequeno ao sofrer um acidente que comprometeu o tímpano. Terminou o curso primário e era um estudioso como aprendiz de gravador e exercitou-se no desenho. Com o decorrer dos anos veio a sofrer de palpitações. Desentende-se com o irmão que tinha uma vida desregrada, que o ameaçou de morte com uma faca. Assustado correu até a casa e caiu junto a porta. Ao acordar do desmaio, sentiu zumbidos, estava  muito fraco com dores de cabeça, com pressão intracraneana e com o lado esquerdo alterado. Após três anos desse incidente foi acusado por uma mulher de roubo, por quinze dias sofreu alterações no quadro que já havia se revelado e com depressão chegou a pensar em suicídio. Sofria de pesadelos, como cair de lugares altos, perda do sono e muitas dores do lado esquerdo do corpo. Todas as áreas foram afetadas, como garganta, ouvido, abdomem, joelho esquerdo e planta do pé.
Quadro do paciente: Nenhuma patologia nos órgãos internos; muito pálido. Dores com compressão no ponto de saída dos nervos supra-orbital e infra-orbital ou do mento; com alteração nevrálgica no trigêmio esquerdo, com sensibilidade na abóboda craniana, a pele não sofre qualquer estímulo nesse ponto, não reage a alfinete, beliscões e no torcer o lobo da orelha. Anestesiado. Examinado pelo Dr. Konigstein com poliopia monocular (ceratocone), o paciente via mais de uma imagem ao mesmo tempo de um determinado objeto e com problema para detectar cores, com prioridades para o cinza. Foi poupado da perda da audição do ouvido esquerdo. Nenhuma reação no braço esquerdo com testes de olhos abertos e testes de olhos vendados, o paciente não distinguia a própria mão esquerda da mão de Freud ao tocar com a mão direita. Zonas histerógenas sensíveis como o nervo trigêmio e suas ramificações: Resultado de imagem para nervo trigêmeo e suas ramificações                                                 Com todo o lado esquerdo comprometido como o cordão espermático que estava sensível a dor na cavidade abdominal e na mulher corresponde a sede da “ovaralgia”. O paciente sofre com a perna direita com hipoestesia, no lado externo e na panturrilha.
Expectativa e cura:  Foram feitos testes de sensibilidade elétrica na pele e com os testes repetitivos havia variações nas zonas dolorosas e as perturbações da visão também oscilavam, o que levou Freud a ter esperança de restaurar a sensitividade do paciente em pouco tempo.


sábado, 17 de março de 2018

FREUD - PUBLICAÇÕES PRÉ-PSICANALÍTICAS E ESBOÇO INÉDITO


                    Imagem relacionada      VOL I (1886-1899)                   
                       Prefácio geral da edição inglesa
    Freud não era só um hábil neuroanatomista e fisiologista, também era versado nos clássicos gregos e latinos e literaturas: alemã, inglesa, francesa, italiana e espanhol
   Ao escrever fazia remissões, com datas de intervalos longos e sempre com alterações.
   Ao ser traduzido travou-se um embate ao se confrontar com o estilo literário e quando o projeto da Standart Edition considerau como vantagem de ter uma única pessoa  para trabalhar em todo o texto,  a versão anterior já havia sofrido alterações. 
   Perante a obscuridade em algumas passagens foi sacrificado a elegância estilística por uma tradução literal e assim moldado para “inglês ver”, com uma série de termos técnicos, expressões estereotipadas e neologismos que  não serviam para “ingleses”, assim como aspectos verbais que não havia um correspondente na língua inglesa. Alguma recorrências como “Unlust” foi traduzido por “unpleasure” (desprazer) e “Schmerz” para “pain” (dor).  Esta regra nem sempre funcionava, haja vista a probabilidade de se encontrar variantes apesar de ser sinônimas: “ychiscpsh” traduzido por “psychical” (psíquico) e “sílex” por “mental” (mental).
    Fica os agradecimentos a Associação Americana de Psicanalistas, do qual sou membro honorário. Ao Dr. K.R. Eissler com os Arquivos Sigmund Freud e da Biblioteca de Psiquiatria do estado de Nova Iorque. Dr. Alexandre Grinstein e seu Indez of Psychoanalytic Writings. Otto Feneceu e Ernest Kris. Instituto de Psicanale e o Comitê de Publicações. As correspondências de Ernest Jones. Dra. Sylia Payne. Srtª Anna Freud, a minha esposa, Dr. Alan Tyson e a SrªAngela Harris.
                                                                              James Strachey
                                                                                                                Marlow, 1966

  Em 1885, Freud ganhou uma bolsa e passou seis meses no Hospice Salpêtrière junto com o Dr. Jean Martin Charcot para o estudo da anatomia do sistema nervoso e voltou-se para psicopatologia (12/1885).
    O Professor lecionava no seu próprio hospital há 17 anos e Freud queria saber sobre problemas anatômicos, estudo das atrofias e degenerações secundárias que se seguem as afecções do cérebro nas crianças. Por falta de espaço e organização, desistiu da anatomia e ficou com as relações dos músculos da coluna posterior da “medulla oblongatta”. Junto com o Professor viu pacientes, examinou e ouviu a opinião  dele, do qual recebeu grande estímulo, assim como todos os estudantes estrangeiros que formavam com Freud uma turma.
   As neuroses, principalmente a histeria, era estudada tanto em homens como em mulheres. Não havia definição ao termo histeria, um estudo mórbido a que se aplicasse ao nome por caracterizar apenas sinais negativos. Havia uma suposição de que a doença dependia de irritação genital, sem nenhuma sintomatologia definida. Charcot partiu dos quadros mais definidos da doença, reduziu a conexão entre neurose e o sistema genital a suas proporções corretas, nos casos de histeria masculina e, especialmente, de histeria traumática. O estudo da histeria masculina (que geralmente não é reconhecida), e em particular a histeria que se segue a um trauma foi ilustrado por ele como o caso de um paciente que durante cerca de três meses, foi o ponto central dos estudos de Charcot. A histeria foi retirada do caos das neuroses, diferenciada de outros estudos de aparência semelhante. Nos casos típicos da doença: procurou sinais somáticos (a natureza do ataque, a anestesia, os distúrbios da visão, os pontos estrógenos, etc.) As indicações  positivas ajudou a estabelecer o diagnóstico de outros estados de aparência semelhante. Charcot separou e deu a histeria particularidades que não deixou dúvidas de que nela imperasse uma lei e uma ordem. Passou dos estudos de paralisias e artralgias histéricas (problema nas articulações) para o das atrofias histéricas.
     Freud contou com conhecimento dos fenômenos do hipnotismo e em especial, os  “grand hypnotisme”, descrito com muita naturalidade por Charcot. Ele via o hipnotismo como uma experiência científica e não se mostrava encantado com o que lhe parecia raro.
     Freud esteve também com o Dr.  Pierre Marie Félix Janet ,que se dedicava as formas de atrofia  muscular hereditária, excluídas do sistema nervoso, mas aos cuidados dos neuropatologistas,  médico e psicólogo do Salpêtrère, que contribui de forma  relevante nas doenças hereditárias e suas consequências. Ainda viu as doenças de Ménière (zumbidos), de esclerose múltipla, de tabes (degeneração dos nuerônios com desequilíbrio), acompanhada de doenças das articulações descrita por Charcot, da epilepsia parcial, e de outros formas de doenças que compõem o acervo de material  das clínicas  e dos ambulatórios de doenças nervosas. Nesse período aparecem as doenças  funcionais como a coréia (doença hereditária e degenerativa), as diversas formas de “tiques”, como por exemplo a doença de Gilles de La Tourette, hoje associada ao Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC), integra-se ao “Espectro Obsessivo-Compulsivo”, despertando o interesse de centros de pesquisa. Aborda o transtorno em sua perspectiva.  Esteve com Professor Ranvier, do College de Franc, viu a preparação de células nervosas e neurológicas. Com passagem por Berlim esteve com Mendel entre outros e tirou dúvidas relacionadas com a localização do sentido da visão, no córtex cerebral.
                                      
                                                                           Viena, Páscoa                                                                                                                                                                                                                                                                                 1886 

terça-feira, 23 de janeiro de 2018

MEXENDO COM LIVROS: DOCUMENTO VAZADO PELO WIKILEAKS (treinamento com ...

MEXENDO COM LIVROS: DOCUMENTO VAZADO PELO WIKILEAKS (treinamento com ...: De forma global. BRASIL : A CONFERÊNCIA DE FINANÇAS ILÍCITAS UTILIZA A PALAVRA "T", SUCEDIDAMENTE Data: 2009 30 de outubro , ...

DOCUMENTO VAZADO PELO WIKILEAKS (treinamento com práticas para brasileiros inclusive o Judiciário, pelo governo americano)

De forma global. BRASIL: A CONFERÊNCIA DE FINANÇAS ILÍCITAS UTILIZA A PALAVRA "T", SUCEDIDAMENTE
Data: 2009 30 de outubro, 20:18 (sexta-feira) ID canônica: 09BRASILIA1282_a
Classificação Original: NÃO CLASSIFICADO, PARA USO OFICIAL SOMENTE Classificação atual: NÃO CLASSIFICADO, PARA USO OFICIAL SOMENTE
Manipulando Restrições - Não Atribuído -
Contagem de Caracteres: 10274
Ordem Executiva: - Não Atribuído - Localizador: TEXT ONLINE
TAGS: BR - Brasil | PGOV - Assuntos Políticos - Governo; Assuntos Governamentais Internos | PINR - Assuntos Políticos - Inteligência | PREL - Assuntos Políticos - Relações Políticas Externas | PTER - Assuntos Políticos - Terroristas e Conceitos de Terrorismo: - Não Atribuído -
Gabinete: - Não atribuído - Tipo: TE - Telegrama (cabo)
Office Origin: - N / A ou em branco -
Office Action: - N / A ou em branco - Status do arquivo: - Não atribuído -
De: Brasil Brasilia Marcas: - Não atribuído -

Para: Argentina Buenos Aires | Brasil Recife | Brasil Rio De Janeiro | Brasil São Paulo | Chile Santiago | Panamá Cidade do Panamá | Paraguai Assunção | Secretário de Estado | Uruguai Montevidéu

1. (SBU) Resumo: uma conferência regional financiada pela S / CT
Intitulado "Crimes financeiros ilícitos" realizado no Rio de Janeiro
De 4 a 9 de outubro de 2009, reuniu com êxito
Representantes da lei federal e estadual do Brasil
Comunidade de execução e países de todo o continente
América. A conferência de uma semana foi louvada por escrito
Avaliações dos participantes, com muitos pedindo mais
Formação, incluindo formação específica sobre a luta contra o terrorismo.
 Essa solicitação direta difere dos pedidos brasileiros anteriores
Que historicamente evitaram qualquer treinamento que referenciasse
Terrorismo, preferindo termos mais genéricos, como
"Crimes transnacionais". Além disso, os participantes universalmente
Elogiou o fato de que o treinamento era multijurisdictional,
Práticas, e incluíram demonstrações reais (como
Preparar uma testemunha para testemunhar, e o exame direto de
Testemunhas). O treinamento futuro deve se basear em áreas como
Forças-tarefa de finanças ilícitas, o que pode ser a melhor forma de
Combate o terrorismo no Brasil. Resumo final.

PROJETO PONTES: CONSTRUINDO PONTES À APLICAÇÃO DE DIREITO BRASILEIRO

2. (U) Post concluiu recentemente uma conferência bem sucedida sobre
Finanças ilícitas de 4 a 4 de outubro (reftel), realizada na região
Capital do Rio de Janeiro e financiada pelo Coordenador do Estado
Para o combate ao terrorismo (S / CT). Esta é a primeira região
Conferência realizada sob a publicação Projeto PONTES
(Tradução: Bridges Project) um guarda-chuva, um novo treinamento
Postagem de conceito introduzida em fevereiro de 2009 para consolidar
Treinamento bilaterais de aplicação da lei. Treino realizado
O Projeto PONTES é único de várias maneiras: apresentações
Se concentrar nas melhores práticas brasileiras e americanas; a
Os participantes incluem, no mesmo local, juízes, procuradores,
E aplicação da lei; Os temas são acordados por ambos
Homólogos brasileiros e americanos; E as apresentações são
Voltado para habilidades práticas, e não para a teoria.

3. (U) Assessor de Residente Residente (RLA) e Legal
Anexar (LEGAT) seguiu de perto a estrutura do Projeto PONTES
Ao desenvolver a agenda da conferência e a lista de
Participantes. Juízes e procuradores federais de cada um dos
O Brasil, 26 estados e um distrito federal participaram, e
Mais de 50 agentes da polícia federal (de todo o Brasil)
Participou. A participação no nível estadual também foi solicitada,
E 30 promotores estaduais, juízes e policiais
participaram. Além da grande delegação brasileira,
Post se esforçou para conhecer o foco regional da S / CT, convidando
Representantes do México, Costa Rica, Panamá, Argentina,
Uruguai e Paraguai.

O TERRORISMO ENCONTROU NO FORO

4. (SBU) Coordenador Adjunto de Contra-Terrorismo em S / CT,
Shari Villarosa, abriu a conferência com um discurso principal
Sobre Finanças Ilícitas e Terrorismo. Na maioria das postagens, s
Planejando com seus homólogos brasileiros, o tradicional
O mantra tem sido evitar o uso da palavra "Terrorismo" e
Em vez disso use o termo menos controverso "Crime Transnacional"
Como um eufemismo para toda a atividade que envolve organização
Violência e ameaças. No entanto, em suas observações de abertura,
O vice-coordenador Villarosa falou diretamente sobre o terrorismo
E o financiamento ilícito do terrorismo, enfatizando que
O financiamento ilícito é um problema global e precisa ser abordado 

5. (SBU) Em vez de desafiar essas afirmações com tanta frequência
Acontece ao lidar com o Ministério das Relações Exteriores do Brasil ou
Membros do Poder Executivo, o setor judicia
l
Os representantes da conferência encontraram o tópico a ser
Extremamente interessante e importante. Na pós-conferência
Avaliações, o treinamento de acompanhamento mais solicitado
Estava relacionado ao antiterrorismo, demonstrando claramente que
Os juízes federais, os procuradores e outras autoridades policiais
Os profissionais estavam menos preocupados com o
Campo de minas em torno do termo e genuinamente interessado em
Aprendendo a melhor engajar o processo judicial no
Luta contra o terrorismo.
lidar com o Ministério das Relações Exteriores do Brasil ou
Membros do Poder Executivo, o setor judicial
Os representantes da conferência encontraram o tópico a ser
Extremamente interessante e importante. Na pós-conferência
Avaliações, o treinamento de acompanhamento mais solicitado
Estava relacionado ao antiterrorismo, demonstrando claramente que
Os juízes federais, os procuradores e outras autoridades policiais
Os profissionais estavam menos preocupados com o
Campo de minas em torno do termo e genuinamente interessado em
Aprendendo a melhor engajar o processo judicial no
Luta contra o terrorismo.
 6. (U) Após o discurso principal, a conferência
Precedida de uma apresentação do ministro da justiça brasileira
 BRASILIA 00001282 002 OF 003
 Gilson Dipp, que forneceu uma visão geral da
História política do branqueamento  de capitais do Brasil e ilícita
Legislação de atividade. Lavanderia Federal Brasileira
O juiz Sergio Moro discutiu as 15 questões mais comuns que ele
Vê em casos de lavagem de dinheiro nos tribunais brasileiros. NOS.
Os apresentadores discutiram vários aspectos relativos ao
Investigação e acusação de financiamento ilícito e dinheiro
Casos de lavagem, incluindo formal e informal internacional
Cooperação, confisco de bens, métodos de prova, pirâmide
Esquemas, pechinchas, uso do exame direto como
Ferramenta e sugestões sobre como lidar com organizações não governamentais
Organizações (ONGs) suspeitas de serem usadas para ilícitas
financiamento. Além disso, uma prova de testemunha simulada e direta
Foi apresentado um exame. No final de cada dia, uma hora
Foi reservado para todos os apresentadores para responder qualquer
Perguntas e permitir que os participantes aumentem mais
Tópicos. Esta parte da conferência foi sempre animada, e
Resultou em discussões de inúmeros temas, bem como
Sugestões dos brasileiros sobre como trabalhar melhor com
os EUA.
 RESULTADOS: TÉCNICAS PRÁTICAS ÚTEIS
 7. (U) Os participantes elogiaram o treinamento, e
Solicitou treinamento adicional sobre a coleta de provas,
Interrogatório e entrevista, habilidades de sala de tribunal e
Modelo de força-tarefa. Os participantes também elogiaram a qualidade
Das apresentações e destacou a simulação direta
O exame de uma testemunha como ponto alto da conferência.
Enfatizaram a importância de discutir práticas
Técnicas de investigação e experimentação, e a demonstração de
Exemplos concretos de cooperação entre as autoridades policiais e
Promotores. Finalmente, muitos comentaram que queriam
Saiba mais sobre o modelo proativo da força tarefa, desenvolva
Melhor cooperação entre procuradores e policiais,
E obter experiência direta no trabalho em complexo de longo prazo
Casos financeiros.
 8. (U) participantes brasileiros procuraram a RLA e a
LEGAT durante a conferência para discutir como melhorar
Sistema jurídico do Brasil, especialmente na área de complexo
Investigações financeiras e processos judiciais. Os brasileiros
Explicou que a democracia do Brasil tem apenas 20 anos;
Portanto, juízes, procuradores e juízes federais brasileiros
A aplicação da lei é nova no processo democrático e não tem
Foi treinado no básico de investigações de longo prazo,
Forças-tarefa proativas e o uso bem-sucedido da sala de audiências
Advocacia. Além disso, eles não conseguem
Efetivamente usam seu novo código criminal, já que várias
As mudanças alteraram completamente a maneira pela qual a evidência
É apresentado no tribunal. Por exemplo, o RLA com sucesso
Defendeu mudanças recentes para o criminoso brasileiro
Código de procedimento, que exige o exame direto de
Testemunhas da acusação e da defesa, em vez de
O juiz, e usa testemunhos ao vivo em vez de escrito
Declarações juradas. Muitos brasileiros, entretanto, confessaram que eles fazem
Não sabe como usar essas novas ferramentas, mas está ansioso para aprender.
TREINAMENTO FUTURO: FORÇA DE TAREFAS DE FINANCIAMENTO ILÍCITAS
9. (U) A conferência demonstrou claramente que o brasileiro
O setor judicial está muito interessado em engajar mais
Proativamente na luta contra o terrorismo, mas precisa do
Ferramentas e treinamento para efetivamente se envolver. Atualmente, o
Abordagem mais eficaz para encarcerar um suspeito de terrorismo
É tentá-lo em um crime predicado, como o tráfico de drogas
Ou lavagem de dinheiro. De fato, muitos dos brasileiros
Participantes da conferência praticam exclusivamente no Brasil, s
Tribunais federais de lavagem de dinheiro estabelecidos em 1998 em
Em conjunto com uma lei de lavagem de dinheiro. Especializado
Promotores e investigadores trazem seu lavagem de dinheiro
Casos a esses tribunais, que foram mais eficazes do que
A maioria e manipulou alguns dos mais importantes do Brasil
Casos envolvendo corrupção e indivíduos de alto nível.
 10.  (U) Conseqüentemente, há uma necessidade contínua de fornecer
Treinamento prático para juízes federais e estaduais brasileiros
Promotores e policiais em relação ao tráfico ilícito
Financiamento de conduta criminal. Ther
Treinamento prático para juízes federais e estaduais brasileiros
Promotores e policiais em relação ao tráfico ilícito
Financiamento de conduta criminal.
 BRASILIA 00001282 003 DE 003
 Método efetivo de perseguição de criminosos. Idealmente, o
O treinamento deve ser de longo prazo e coincidir com o
Formação de forças-tarefa de treinamento. Dois grandes centros urbanos
Com apoio judicial comprovado para casos de financiamento ilícito, em
São Paulo, Campo Grande ou Curitiba devem ser
Selecionado como local para este tipo de treinamento. Então
Forças de tarefa podem ser formadas, e uma investigação real utilizada
Como base para o treinamento que progressaria seqüencialmente
Da investigação através da apresentação do tribunal e
Conclusão do caso. Isso daria aos brasileiros
Experiência real em trabalhar com um pró-ativo pró-ativo
Força-tarefa de financiamento e permitir o acesso a especialistas dos EUA para
Orientação e suporte contínuos. Post pode fornecer mais
Etapas detalhadas e um septel de análise de custos.
11. (SBU) Comentário. No geral, a conferência foi um sucesso,
Não só para convocar um número significativo de brasileiros e
Profissionais regionais de aplicação da lei para compartilhar melhor
Práticas para investigar e processar delitos ilícitos,
Mas também reconhecer que o termo terrorismo não é tabu para
Os profissionais que precisam se preparar para o pior. Postagens
O Projeto PONTES continuará reunindo Estados Unidos e
Aplicação da lei brasileira em diferentes locais, para construir
Nossos relacionamentos e boas práticas de intercâmbio. Para
Esforços de antiterrorismo, esperamos usar a abertura deste
A conferência forneceu a força-tarefa de finanças ilícitas
Treinando em um grande centro urbano. Termine o comentário.
KUBISKE
Nota: Parte do texto entrou em negrito e  alguns pontos foram feitos por mim.
*branqueamento de capitais (lavagem de dinheiro)


quinta-feira, 18 de janeiro de 2018

ARMANDO RODRIGUES COELHO NETO - Aconteceu na década de 90 -124 bilhões dólares na conta chamada "tucano..."

Armando Rodrigues Coelho Neto, GGN

Aconteceu na década de 90. US$ 124 bilhões saíram do Brasil através das chamadas contas CC5. Há quem diga que, na época, nem as reservas brasileiras em moeda americana chegavam a esse total. O banco usado para a roubalheira foi o Banestado e o ralo era Foz do Iguaçu/PR, cidade onde antes durante ou depois foi trabalhar o tal “Japonês da Federal”, que nada tem a ver com a história.

Também meio antes, durante ou depois – a essa altura pouco importa, aconteceu a CPI dos Precatórios, que desaguou numa tal Operação Macuco da Polícia Federal, que entrou em cena e descobriu que pelo menos US$ 30 bilhões daquela cifra foram remessas ilegais.

Durante as investigações, a Procuradoria da República ia junto aos órgãos oficiais, perguntava uma coisa, respondiam outra. Refazia o pedido e a resposta vinha incompleta. E aí, ela radicalizou: pediu a quebra de sigilo de todas as contas CC-5 do País. Sugiro ao leitor uma visita ao Google para entender melhor essas tais contas.

A PF descobriu que o dinheiro passava por Nova Iorque (EUA), uma roubalheira que apesar de gigante, seria apenas a ponta de um iceberg. Entre os suspeitos estavam empresas financiadoras de campanha, alto empresariado em geral e membros da alta cúpula do governo brasileiro da era Fernando Henrique Cardoso.

O rombo era tamanho que os promotores americanos, abismados com o volume de dinheiro que havia transitado por aquela cidade, quebraram sigilo bancário em Nova Iorque. equipe da PF foi reconhecida e ganhou a simpatia até do enfadonho e burocrático Banco Central (EUA), além da FBI (Polícia federal americana).

O mecanismo descoberto era e é um traçado muito bem articulado, de forma que os verdadeiros nomes dos titulares não possam aparecer. Desse modo, num passe-repasse, plataformas financeiras e coisa e tal, os trabalhos para ocultação envolvem ou envolveriam até cinco camadas ocultadoras.

Com esse grau de sofisticação, investigar seria percorrer o complexo caminho inverso, mergulhar nas tais camadas, até que se chegar aos verdadeiros titulares do dinheiro.

Estava tudo tão bom e tão bem protegido, que a prática consolidou-se, e como a corrupção no País é endógena, além de “lubrificar economias” (a Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico – OCDE que o diga!) as ratuínas foram abrindo a guarda. Com impunidade garantida, alguns grandes nomes relaxaram e apareceram por descuido.

Haja descuido! Surgiu até um óbvio – “Tucano” e um aleatório Serra”. Tão óbvio que deixou perplexo não só o delegado que coordenava o trabalho, mas também os procuradores. Mero ato falho e primário, em tempos de abertura de guarda, de “engavetadores gerais da República”. Tempos de gente honrada e das panelas silenciosas, da dita “grande mídia” calada, dos arautos da moralidade hodierna.

Há uma entrevista no Youtube com o delegado federal José Castilho Neto, coordenador da Operação Macuco. Sem fulanizar ou partidarizar, ele reclama da oportunidade aberta e perdida, naquela época, para o enfrentamento da banda podre, seja da política, seja do empresariado. O Cônsul do Brasil, que trabalhava em Nova Iorque, teria dito para as autoridades americanas que a cabeça do delegado Castilho “estava a prêmio”. Só não disse quem seria o pagador, se os protegidos ou os protetores.




Castilho foi afastado. E o leitor a essa altura deve estar se perguntando: por que esse saudosismo tanto tempo depois?

Primeiramente para lembrar que a podridão de antes não inocenta ninguém. Mas serve pra provar a hipocrisia dos que hoje posam como arautos da moralidade. Mostra o cinismo dos paneleiros e demonstra com cristalina clareza a postura golpista da dita “grande imprensa”.


Em segundo lugar, para não ter que retornar aos tempos do Brasil Colônia ou da mordaça da ditadura militar, eu simplesmente gostaria de reafirmar que esse caso escabroso, narrado lá em cima, ocorreu na era do impoluto Fernando Henrique Cardoso. Sabe qual emissora de televisão de maior audiência? TV Globo. Sabem quem era o doleiro? Alberto Youssef. Sabem quem era o juiz? Sérgio Moro.
      Armando Rodrigues Coelho Neto