quinta-feira, 23 de março de 2017

6 - SANTO AGOSTINHO DE HIPONA - Fenômenos da memória


Para o pensador que nasceu 354 da era cristã, a memória tem a função de cogitar (cogenda) e reagrupar o que estava disperso para que fosse coligir (colligenda). Agostinho nessa busca do pensar lembra que passados algum tempo as nossas idéias ficam  em esconderijos profundos e precisamos buscá-las. A mente consciente tenta lembrar o que já foi conhecido e chama de idéias inatas o que brota do nosso inconsciente no pensar (cogitare).

terça-feira, 21 de março de 2017

5 - HIPÓCRATES , 'pai da medicina ocidental'


Contemporâneo de Péricles na chamada Idade de Ouro de Atenas, destacou-se como médico.  Nascido na Ilha de Cós, em Larissa (460-377) a.C.  exerceu a medicina tradicional; observa os humores, as sequelas advindas de problemas respiratórios e fazia os registros do comportamento do paciente: como da febre, dos olhos e cor da pele e acompanhava o progresso. Para ele a fleuma, o estado de espírito, fazia parte de mais três elementos como o sangue, a bílis amarela e bílis negra. Observa-se nesse caso que o paciente era tratado no seu todo: corpo e alma (psyc). Numa época em que a Grécia vivia na apoteose, a ciência se destaca e acontece o desgarramento das superstições e  setenta  doenças eram tratadas. Além de tratar o doente baseado na observação, ficou conhecido pelo juramento de  Hipócrates, pelos formandos de medicina.

domingo, 19 de março de 2017

4 - SÓCRATES - Com chamadas comportamentais

Sócrates via no indivíduo tomado de terror, ou tomado de piedade, que poderia fazer uma terapia através da catarse, que consistia no tratamento das neuroses em que o paciente é levado a contar o que leva ao sofrimento. Era a purgação iniciada no século de Péricles e praticada  até os dias de hoje nos tratamentos das psiconeuroses com a dissertação do analisando instigada pelo analista. Sócrates também empregava a  representação dramática com recursos cênicos e com expectadores para uma apresentação  moral de tudo que o homem precisava para sair do pesadelo, como o amor frustrado ou do comer sem vontade. O pai de Aristóteles era médico e o tratamento na época era justamente a purgação. Mesmo que a excitação inicial fosse incompatível com a razão, havia efeitos benéficos a médio prazo sobre a capacidade de agir racionalmente. Diz o filósofo: “Os homens tem naturalmente o sentimento de amizade. Necessitam uns dos outros, rendem-se à piedade,   socorrem-se mutuamente, compreendem-se e mostram-se gratos. Quando suas idéias sobre os bens e os prazeres são as mesmas, lutam para alcançá-lo”. No terror, nos momentos das inimizades: “Quando divididos pelas opiniões, combatem-se uns aos outros: a guerra nasce da disputa e da cólera; a malevolência, dos desejos ambiciosos; ódio, da inveja.” Surge a resiliência, eram atitudes triunfais, que eram adotadas em momentos de situações muito difíceis. Precisava dar a volta por cima e desde a Idade Clássica isso era feito com chamadas, assim Sócrates repreende o filho que entra em atrito com a mãe, que também dispara contra ele, com razões dadas a ela.

sexta-feira, 17 de março de 2017

3 - PLATãO - A imortalidade da alma

  3 - Platão no livro ‘Fedon’, fala do corpo e alma em vida, que é arrastada por um corpo após a morte: “Uma tal alma, portanto, que carrega esse peso, faz-se também pesada e arrasta-se de novo para região visível [...]". Aqui ele se refere na volta da alma a procura de um corpo em volta de jazigos ou fantasmas tenebrosos já vistos. Nesse capítulo da ‘Imortalidade da alma’ ele cita Penélope que desfazia a teia que outra tecia, a mortalha de Laertes, enquanto esperava por Ulisses. Busca em Homero, na 'Odisséia', a paciência de Penélope que por longos vinte anos espera pelo marido e nesse período administra corpo e alma. A caminhada do invisível e do visível travam lutas: quando a alma sentir prazer ou grande aflição a coisa mais certa seria o resultado  ou o reflexo do corpo. Homero numa narrativa à frente do tempo, trás o conflito entre corpo e alma, no encontro entre Ulisses e Penélope. Um drama psicológico que aos poucos vai sendo administrado pelo narrador que coloca o filho do casal como conselheiro, o Telêmaco.

quinta-feira, 16 de março de 2017

2 - PLATãO - As ideias, objeto do pensamento

2 -  As idéias, objeto do pensamento
      Referia-se Platão as coisas, explorando com idéias o que seria uma beleza permanente e uma beleza que pode se dissipar, obtém a resposta de que algumas coisas permanecem belas, mas outras iriam sofrer com o decorrer do tempo, assim como um cavalo, homens, vestes e outros que encontramos na natureza. Havia a preocupação com os seres visíveis que se dissipam e os invisíveis que são perenes. Aqui entra a natureza humana composta de corpo visível e de alma invisível.  Havia uma simbiose: "Quando a alma e o corpo se encontram unidos, a natureza ordena que ele sirva enquanto ele mande e governe." Discutia-se sobre a primazia entre o corpo e a alma.

quarta-feira, 15 de março de 2017

1 - PLATÃO - O mundo das idéias


Fala Platão!

O mundo das ideias

Admitamos pois - o que me servirá de ponto de partida e de base - que existe um Belo em si e por si, um bom, um Grande e assim por diante. Se admitimos a existência dessas coisas, se concordares comigo, esperarei que elas me permitirão tornar-te clara a causa, que assim descobrirás, que faz com que a alma seja imortal.” Platão no emprego do verbo no subjuntivo 'Admitamos', expressa uma ideia, um pensamento hipotético, assim como Sócrates, nada afirma e coloca sobre dúvidas o que pensa. Há, a preocupação de uma análise das coisas que se interligam num mundo de cogitos e de espera de resultados. Funda-se o embate sobre o corpo e a alma. Era um ato de fala de natureza interrogatória. A existência de um Belo em si (o efeito, a realidade das coisas) e por si (a causa). Ao admitir a existência da coisa (objectum) de um lado e do outro a Ideia (insigni), surge o recurso linguístico e para tanto não cabe a crítica, haja vista o distanciamento que nos separa de Platão.

domingo, 5 de março de 2017

ZORBA O GREGO - Anthony Quinn

Cenas do filme Zorba o Grego, extraído do livro de Nikos Kazantzakis, nascido em Creta em 1883. Formado em Direito, estudou litertura em Paris, Itália e Alemanha. Viajou pela Rússia e não cessou a atividade cultural e social. Foi militante socialista desde a juventude, ocupou o cargo de Ministro da Educação no governo Grego em 1945 e foi titular de um cargo importante na UNESCO antes de se retirar da vida pública para dedicar-se a sua obra. Faleceu na Alemanha em 1957.