quarta-feira, 25 de outubro de 2017

TRANSTORNOS MENTAIS PROVOCADOS PELO NEOLIBERALISMO

Resultado de imagem para Foto de paolo pasolini cineasta italianoPier Paolo Pasoline, cineasta, escritor e intelectual italiano que completa no dia 1º de novembro 32 anos de seu assassinato, nasceu em 5 de março de 1922. Era dele a expressão "mutação antropológica", que significava para a época apenas uma metáfora, para alguns, mas já se adiantava diante do processo de transformação que se passava na Itália. Via uma transição na economia agrária, uma mutação genética e uma transição industrial com novas tecnologias, que antevia como uma contra cultura que viria para destruir. A televisão era um meio de transmissão perniciosa. Era colunista  e escrevia para o jornal "Corriere della Sera" e nele denunciava o Partido Democrático Cristão, que tinha conexões com a Máfia italiana. Previa os escândalos da chamada "Tangetopoli" (cidade propina), bem antes que o esquema de corrupção viesse a conhecimento e a prisão de quase toda a classe política, no começo do ano 90. Já no ano 70 escreveu "Escritos Corsários" e "Cartas Luteranas", onde relata a transmutação que sofria amplos setores da sociedade italiana, em consequência de um "novo fascismo", resultado da globalização. Fala de uma nova "espécie" de jovens burgueses que chamou-os de sem futuro com acentuada "tendência a infelicidade" fruto do processo gerado pela semiótica, esfera de conhecimento ou uma ciência que lida com conceitos, processa as idéias com significado em relação ao contexto social empregado em novelas e nas transmissões televisivas entre outros. Encontramos em Ferdinand Saussure, o pai da Linguística moderna, definição de semiótica para quem dela necessitar.
   O neoliberalismo tem como efeito visível a destruição do ser humano e em consequência a destruição do globo, tanto no campo agrário como no  industrial. O  capitalismo tem que produzir e produzir para acumular o capital. Na contradição entre o capital acumulado e o indivíduo sem capital, temos o efeito emocional que cria a ansiedade, a depressão, ambos com significados diferentes ou sintomas parecidos. Nesse turbilhão do século XX e início do século XXI, considera-se a depressão, o grande mal. A falta de emprego ou subemprego gera ansiedade, um perigo real ou imaginário. A depressão, já aparece com distúrbio mental que afeta diretamente o lado emocional do indivíduo com baixa estima e com dificuldades de lidar com o dia-a-dia. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o suicídio é a segunda causa de morte entre jovens e crianças entre 10 e 14 anos, com predominância no sexo masculino. a depressão será 2020 a segunda patologia emocional que estará presente no comportamento suicida. Abaixo neoliberalismo e a globalização!

quarta-feira, 4 de outubro de 2017

O JOVEM KARL MARX

https://www.facebook.com/c4ceelo//1videos0214755479299418/ Uma bela narrativa que vem esclarecer dúvidas para quem acha que conhece o trabalho de Marx em trocas de conversas ou em comentários. Colhem frases da daqui e dali, mas como já disse em outra oportunidade, nem mesmo leram o Prefácio da obra "O capital". Dispenso comentários e vejam o filme que encontrei na página do Facebook de meu amigo português, Fernando Soares, sempre com importantes contribuições para esclarecer a política de ordem universal.

domingo, 1 de outubro de 2017

FORA DE CONTEXTO - Freud

Resultado de imagem para foto de sigmund freudEncontrei na "Psicologia da Vida Cotidiana" uma alusão relacionada com o professor, quando Freud narra sobre sonho e coincidências.
"Alguns dias depois de me outorgarem o título de professor, que confere a considerável autoridade nos Estados de organização monarquista, ia eu passeando pelo centro da cidade quando, de repente, meus pensamentos se voltaram para uma fantasia infantil de vingança dirigida contra determinado casal. Meses antes, eles me haviam chamado para ver sus filhinha, em quem surgira um interessante sintoma obsessivo logo depois de um sonho. Interessei-me muito pelo caso, cuja gênese eu acreditava discernir, entretanto, minha oferta de tratamento foi recusada pelos pais, e eles me deram a entender que estavam pensando em consultar uma autoridade estrangeira que realizavam curas por hipnotismo. Eu fantasiava que, após o fracasso total dessa tentativa, os pais me rogavam que instituísse meu tratamento, dizendo que agora tinham confiança em mim, etc. eu, no entanto, respondia: "Ah, sim, agora vocês têm confiança em mim, agora também me tornei professor. O título nada fez por alterar minhas aptidões; se vocês não puderem usar meus serviços enquanto eu era docente, também podem prescindir como professor." _ Nesse ponto, minha fantasia foi interrompida por um sonoro "Bom dia, senhor professor!" e quando ergui os olhos, vi que passava por mim exatamente o mesmo casal de quem eu acabava de me vingar mediante recusa de sua proposta." O que quero salientar nessa narrativa feita por Freud em alemão, traduzida por Brill para o inglês e por Alan Tyson para o português, é a importância do título de professor conferido a autoridades. Nessa época já era médico e já tinha a especialidade em Neurologia, tanto que só iniciou a trabalhar em Psicanálise após o doutorado que ele se denomina como docente.