segunda-feira, 22 de julho de 2013

CECÍLIA MEIRELES E OS EXCLUÍDOS


Cecília Meireles, que se empenhou para eleger Getúlio Vargas, se volta contra ele em 1933, quando percebe as manobras políticas do governo e o estado da educação no Rio de Janeiro. "Chega mesmo a manifestar em sua correspondência o "horror" que lhe causava o jornalismo em sua vida. Ficou para trás a jornalista engajada que, entre 1930 e 1933, assinou sua página diária sobre educação - na qual chegou a acusar o então ministro de educação, Francisco Campos, de medalhão e o então presidente, Getúlio Vargas, de Sr. Ditador. Foram mais de mil artigos escritos em que Cecília lutava contra a inclusão do ensino religioso e defendia as liberdades, como por exemplo a criação de escolas mistas em que ambos os sexos pudessem dividir o mesmo espaço. É bom lembrar que isso ocorreu entre 1930 e 1933, quando a mulher sequer exercia o direito de voto, uma vez que as urnas passaram a contar com o voto feminino apenas em 1934." (monografias.com)
Getúlio Vargas fez muito pela educação de elite religiosa, os uniformizados, mas esqueceu de dar atenção aos miseráveis que apontavam no seu governo. Cecília Meireles contrariou os ditadores e angariou inimigos.
Assim escreveu em 1930: "O Brasil tem como grande desgraça a ser combatida a pseudo-autoridade do medalhão. O medalhão, homem de pose, dado a intelectualidade, falador e gesticulador, dizendo coisas floridas e ocas, tem sido nosso pior inimigo em política, em literatura, em arte, em ciência, em administração."

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